34 grados

21/07/2010

Almocinho em casa: arroz, feijão, bife, farofa e batata frita.

Tá. O feijão era fajuto. O bife era de uma parte não conhecida da vaca. Só a farofa era original. O resto enganava.

No fim do dia, como pedia o calor de 34 graus, fomos à praia.

Havíamos combinado de encontrar Paola e Juliana, amigas colombianas.

Ficamos lagarteando e rindo até o sol se pôr, umas 21h e pouco.

No jantar, fui voto vencido: Burguer King. Assim fica difícil, minha gente.

De lá, encaramos um Concerto de Jazz no Parque de la Ciutadella.

Ali estavam, já no tradicional lugar na grama, Arthur e Jana.

Bom juntar gente querida.

Quando olhei para o lado, vejo um ser humano super entrosado na conversa com a Paola. Era o Igor. HABLANDO. Instalaram um chip no rapaz e eu não vi quando foi.

Habemos teclado!

13/04/2010

Nem eu acredito.

Depois de uma agradável (e longa) caminhada pelo bairro de Gracia até a loja de instrumentos, saí de lá com um teclado.

Assim, pá-pum.

Pedi para olhar dois modelos, anotaram os preços. Saí de lá, liguei para o Ramón, rapaz da igreja que – depois constatei – era o chefe de todo mundo lá. Falei quais eram os preços. Ele, por telefone mesmo, pediu uns minutos, fez contas, e me deu um preço sensivelmente mais baixo. Disse que se eu quisesse, ele ligava lá agora e eu podia voltar e comprar.

E assim foi. Quando voltei na loja, fui tratada como rainha e em pouquíssimos minutos saí feliz com um brinquedo novo! Aproveitando a brincadeira, o Igor ganhou uma pedaleira para a guitarra (Hein?!? Pois é.) – com o mesmo desconto, claro.

Depois disso, Isabel e I formaram o já conhecido complô e me obrigaram a comemorar no Burguer King. Isso lá é lugar para comemorar?? Para as crianças que estavam comigo, é.

Então fomos nós, teclado, suporte e pedaleira de metrô até o bendito Burguer King.

E – confesso – a cara das crianças compensou o esforço.

Cada um com seu motivo para estar radiante.

El Grande M

11/04/2010

Dei o golpe no ensaio da igreja. Tava cansada, com sono e preguiça.

«Tô podre de cansaço acumulado, o Igor tá aqui esquentando meu pezinho e já já vai embora. Ah, não. Vou ficar aqui e pronto». Não foi tão difícil.

Na igreja fui apresentada ao Ramón (ou algo do tipo), representante da Casio. Isso significa que vou conseguir comprar um teclado com desconto, se Deus quiser. Show. Assim estudo de verdade.

A Andrea, nossa colega de master, foi conosco à igreja! Reparem na foto poser das gurias.

Depois rolou um complô de Isabel e Igor (e Andrea, por contágio direto), e perdi a briga. Almoçamos no Mac. Aff. Tô começando a pegar birra. E eles já perceberam, óbvio, e se aproveitam.

Tem um MUNDO de comidas boas e diferentes aqui, e o povo se rende ao Grande M.

Não me conformo.

Não tem jeito.
Cedo ou tarde, isso iria acontecer…
(Eu tinha jurado que não pisaria no Mac aqui, mas tenho que reconhecer: esse lanche é fantástico! É tipo um Mac Chicken, mas com bacon e cebola frita!) #augedotrash

À tarde fomos à igreja para uma capacitação de líderes de célula.
Quando saímos, fiquei pensando que preciso tirar o pé do acelerador.
Faz um mês que estou aqui e já estou mega envolvida com mil coisas na igreja.
Bateu uma crise: será que eu devo?

Até que a Roberta me deu uma paulada falando que «não existe geografia para Deus».
Nisso fiquei pensando o resto do dia.
(inclusive enquanto quebrava a cabeça com meu trabalho…)

E a tpm tá que tá.
Então não é um bom dia para concluir nada.
«Aquietai-vos».

Justicia divina?

30/01/2010

Gestores de contenido. E eis que entendo o que é de verdade o WordPress, o NPA e tantos outros programas que já usei e não sabia como eram por dentro. Interessante! Logo mais vou procurar uns plugins e outros trecos para aprimorar este humilde espaço.

O almoço tipicamente gaúcho ficou por conta da Isabel, que mandou benzasso no arroz carreteiro com linguiça. Para tapear a abstinência de verde, rolou também uma saladinha.

À tarde ainda deu tempo de visitar uma exposição no Caixa Forum, um espaço patrocinado pela iniciativa privada (banco La Caixa) que tem várias mostras gratuitas durante o ano. A de hoje foi bem um choque de realidade: Camboja, Paquistão, Vietnã, países que sofrem retratados por fotógrafos, digamos, sensíveis. Quase sensacionalistas.

Se seu estômago aguenta, aqui tem algumas fotos de Camboja. Para adiantar o cenário, tratam-se de crianças mutiladas vivendo felizes em meio à pobreza. As estatísticas dizem que lá tem uma mina (prestes a explodir) por habitante. As imagens de mulheres paquistanesas agredidas com ácido, cujos rostos ficaram irreconhecíveis e mutilados, não tive coragem de fotografar. Dói o coração.

Tentei ir à igreja no fim do dia (hoje, pelo que eu havia entendido, haveria um culto dirigido pelos músicos daquele curso que comentei). Andei por uns lugares obscuros até encontrar o local e – surpresa! – fiquei no vácuo.

Não era hoje, não era lá, não era pra ser. Ou todas as anteriores.

Em compensação, descobri nesse bairro uma rua bacana e cheeeeia de lojas! Em uma delas, uma raridade: um casaco compridinho roxo escuro me esperava de mangas abertas por apenas 12,99 euros. Sim! 12,99 era o que estava escrito na etiqueta!

Passei o cartão de crédito sem dó e é claro que o preço da etiqueta estava errado. Eram 16,99. Não, não. «Tava escrito 12,99», eu argumentava. O que é justo é justo.

Ao que a gerente da loja respondia: «Está marcado errado, lamento muito, e infelizmente não posso devolver seu dinheiro. Posso, no máximo, te dar um vale de 16,99 para você comprar o que quiser nos próximos 30 dias».

Eu olhava à minha volta e nada mais me atraia.

Não, nem pensar. «Eu quero levar aquele casaco. E por 12,99».

Buenas, lá se foram 15 minutos com a loja já fechada e eu dentro, exercitando a tolerância cultural e tentando lidar com a «gentileza» da espanhola.

No fim das contas, levei o casaco. Por 16,99. Mas ganhei duas meias e três pulseiras como pedido de «desculpas» pelo transtorno.

Justicia divina.

Un día productivo!

29/01/2010

Fomos logo cedo ver um apartamento que estava agendado.

A localização, perfeita. Todos os supermercados do mundo ao redor, centro próximo, metrô na porta. Até uma sacadinha com mesa e sofá o apartamento tinha.

Entramos e o sonho foi se desmaterializando junto ao pó que emanava daquele lugar. Piso sujo, encardido, cama embolada, sofá que servia de circo pros germes que pulavam felizes dele para o chão poeirento.

Nos dois quartos que estavam ocupados no mesmo apartamento moravam dois rapazes. Espanhóis. Tá explicado. Digamos que o ideal de higiene deles é bem distante do nosso.

Ok. Incluiremos mais um filtro (tem espanhóis?) e seguiremos a busca por um teto.

Para o almoço, estávamos inspiradas: batatas cozidas e frango, ambos ao molho branco e com queijo gratinado. Ficou tão saboroso quanto bonito, então merece foto aqui:

Antes de ir pra aula, ainda deu tempo de tomar banho e lavar o cabelo (com direito à aventura de não conseguir esquentar o chuveiro a gás e ficar meia hora de toalha no banheiro brigando com o registro, até ser salva pela Isabel, que de alguma forma misteriosa já é amiga íntima da água quente).

Fato engraçado é também a nossa discussão de relacionamento entre Raquel/Tiago e Isabel e eu. A gente deixa recados escritos no azulejo da cozinha, com cores diferentes pra saber quem está falando o quê. A briga da vez é sobre as louças que ficam na pia. Tiago/Raquel não gostam que a gente lave, mas a gente precisa ser amada e lava!

Ah, e ainda deu tempo de lavar roupa antes de ir para a aula. Dia produtivo!

Vimos HTML na prática em aula. Agooora o treco tá começando a ficar menos medonho.

O jantar foi absolutamente gordo, dá até vergonha de escrever: pão com Nutella. Culpa da Isabel e seu amor à trashfood (rs, pior que é verdade, a mina PIRA num Burguer King). Aliás, tia Zenildes, ela já mandou encomendar 10 trufas só pra ela quando o Igor vier.

Nunca pensei que diria isso, mas sinto falta de verde na comida.