Coliflor

25/05/2010

Cozinhei uma couve-flor pela primeira vez na vida.

Fiz salada, temperadinha com bastante azeite, alho e cheiro verde.

(Se eu soubesse que era tão fácil, já teria convertido até o Igor a comer as tais florzinhas).

Tomei banho à luz de velas; não por charme, nem para relaxar. Acabou a força mesmo.

Além disso, fiz as unhas. E lavei roupa. Não necessariamente nessa mesma ordem.

Sensibilidade e saudade se misturam e fazem de mim uma pessoa complexa.

O episódio final de Lost, portanto, me serviu como desculpa para botar o choro em dia.

Quando me dei conta, estava guardando uma couve-flor na geladeira.

Com ela vieram tomates, abobrinha, alface, iogurtes, mussarela de búfala, coisas muito mais saudáveis que a média dos últimos quatro meses.

Sei lá.

Pela primeira vez, senti uma necessidade autêntica de comer bem (leia-se: comer verduras cozidas).

De onde veio, não sei.

Mas a consciência tá levinha, levinha.

Esses dias eu vi novamente o vídeo «Use filtro solar» e adotei de uma vez por todas a frase:

«Você não é tão gordo quanto você imagina».

É só olhar suas fotos de cinco anos atrás, e você vai concordar comigo.