Dia de São Jorge, um dos festivos mais tradicionais comemorados na Catalúnia.

As ruas estavam absurdamente – acredite no «absurdamente»- lotadas.

Homens ganham livros e mulheres ganham rosas vermelhas.

A lenda diz que Sant Jordi era um soldado que salvou uma bela donzela de um dragão. Para livrar o reino das ameaças, uma vez ao ano se oferecia uma moça como manjar para o bichano. Veio, então, Sant Jordi e acabou com a brincadeira. Diz-se que todo o sangue do dragão se converteu em rosas, que representavam as moçoilas que já haviam sido sacrificadas. Daí a tradição de presentear as mulheres com rosas.

O lance de os homens ganharem livros vem do coincidente fato de Sheakespeare ter morrido nessa mesma data. Justa homenagem.

O I, então, ganhou «Catedral del Mar«, de Ildefonso Falcones, novela que narra o contexto histórico da construção da Igreja Santa Maria del Mar, aqui em Barcelona.

E eu, uma graciosa rosa vermelha.

À noite, fato inédito. Depois de incansáveis ameaças minhas, chantagens emocionais da Marlene, sorrisos desafiadores do Bruno e intimada do Alex a manter a honra da família Alexandroff, o Igor concordou em comer paella.

Fomos a um lugar muito gracinha (e barato!) no Porto Olímpico para não ter erro: se for pra provar, que seja a típica e verdadeira paella de Barcelona.

«Maravilhosa!!!!!!!!!!!», exclamamos Bel, Fernando, Beta, Nico e eu.

«Até que é bom», o Igor assumiu. E repetiu TRÊS vezes.

Vitória.