Gouda y Rotterdam

27/08/2010

Se eu fosse um bicho de desenho animado, seria um rato.

(Sim, em desenho animado, porque de verdade é bem nojento).

E viveria dentro de uma grande bola de queijo, daqueles bem furadões.

Dito isso, posso contar que fomos visitar Gouda, a uns 30 minutos de Amsterdã.

Realizei mais um sonho: conhecer a cidade que deu nome ao melhor queijo do mundo.

Para minha surpresa, o lugar era, além de tudo, charmoso.

Quase chorei de alegria.

Sem um pingo de exagero:

É, tinha Ferrari e Alfa Romeo no meio da praça, esperando a noiva sair da igreja.

(Ver mais fotos de Gouda)

Almoçamos no Grand Café Central, outro charme de lugar.

Sanduíche Hawai: pão, queijo, presunto, abacaxi e mais queijo gratinado.

(Por favor, alguém me paga para visitar lugares incríveis, comer comidas fantásticas e escrever sobre isso depois?).

Partimos para Rotterdam, mais 30 minutos de trem. Segunda maior cidade da Holanda, super moderna, referência em arquitetura, maior porto marítimo da Europa.

Mais urbana, não menos bonita.

(Ver mais fotos de Rotterdam)

Voltamos absurdamente felizes pelo dia inesquecível.

Linda até debaixo d’água, Amsterdã.

Choveu de verdade, o dia todo, pra valer.

Guarda-chuvas a postos, fomos direto para o centro ver as praças principais: Dam, Spui e Nieuwmarkt.

Deixei o Igor num mundo encantado de games e filmes que ele achou e fui caminhar.

Visitar a cidade dos seus sonhos com chuva é muito frustrante.

Cadê os canais iluminados pelo sol? E as flores?

Confesso que, por uns instantes, estava triste, desanimada, irritada.

Mas durou pouco. Eu tinha mais é que agradecer pelo privilégio de estar aqui e aproveitar tudo, o máximo possível.

Na busca de um lugar para comer, só achávamos Coffee Shops, o famosos bares de paredes marrons onde se vendem, além de bebidas, drogas «em pequena quantidade para consumo próprio». Lotados. Não era bem o que buscávamos…

Acabamos caindo num golpe de pagar 5 euros por um prato minúsculo de massa.

Encaramos uma fila gigantesca para entrar na Casa de Anne Frank. Aquela, do livro. A casa é o lugar onde ela e sua família se refugiaram durante os anos da Segunda Guerra em que os nazistas perseguiam judeus na Holanda. Hoje o lugar é um museu, mas permanece exatamente da maneira como ela descreve em seu diário. Perturbador.

Só depois do choque de realidade, resolvi parar de reclamar. Da chuva e da vida.

Caminhamos, no total, uns 10,5 quilômetros, entre canais e ruelas charmosos.

Felizes e gratos.

Em «casa», noite com queijos (per-fei-tos) e vinho.

ALERTA: o risco de queremos morar aqui para sempre é altíssimo.