Digestión

30/06/2010

Jantar mexicano na casa da Isabel.

Tudo uma delícia: chili com carne, nachos, tortillas, guacamole e outros molhinhos…

Além da anfitriã, estávamos Jana, Arthur, Nico, Fernando, Roberta e eu.

E tudo corria bem até que alguém teve uma ideia:

– Vamos fingir que a comida nos fez mal?

Pronto. Encarnamos todos personagens dignos de novelas mexicanas e fomos – um a um – ao banheiro. Muitos minutos depois, um batia na porta, perguntava se o outro ia demorar, e lá ficava até que o próximo se manifestasse.

Teve quem voltou do banheiro suando, quem voltou cabisbaixo, quem voltou com a mão no estômago simulando revertério, quem voltou perguntando se tinha mais papel…

A pobre Isabel era a única que supostamente estava bem.

Bem preocupada e bem sem graça.

E a brincadeira durou aproximadamente 1 hora.

Todos firmes e fortes segurando o riso.

O auge foi quando uma amiga dela ligou e a conseguimos filmar relatando o fato, com detalhes, super constrangida. A amiga «por sorte» era enfermeira e nos receitou um remédio, disse que era normal ter piripaque com esse calor.

Quando contamos que era brincadeira, a gaúcha quase rolou de rir.

Tá tudo filmado. Em breve no Youtube.

Vai ser bem divertido morar com essa guria.

Estás de coña…

10/06/2010

Comecei a procurar apartamento outra vez.

(O motivo, um sonho: o Igor virá em agosto, se Deus quiser, e só sairá daqui comigo!).

E já caí na primeira pegadinha.

Loft charmoso de 90 m2. Preço encarável. Fotos gracinhas:

Fui visitar.

Depois de quase morrer de medo num elevador fúnebre, cruzar com mundrungos na entrada e ser recebida por um tipo estranho, ao som de uma aterradora e frenética música clássica, constatei: as fotos deviam ter sido tiradas há 5 anos.

(Graças a Deus a Isabel foi comigo…).

O loft charmoso de 90 m2 realmente deve ter existido algum dia.

Mas num reino distante, há muuuuuito tempo atrás.

#strike1

Acordei com o relógio da Catedral aqui do lado.

Tentei contar as badaladas para ver que horas eram. Tolice. Nada aqui é tão simplista. Fiquei quase uma hora ainda na cama tentando entender a lógica da coisa e desisti para não perder o horário do café.

Tomei banho e desci correndo 5 minutos antes de fechar. E é claro que fui para o lugar errado e quase paguei 8 euros num prato de bacon com ovos quando na verdade o café estava incluído na diária e era servido em ouuutro lugar. Deu tempo de corrigir tudo e tomamos um café bem bom, com direito a bocadilho de jamón con tomate. É não é que o taxista tinha razão?! Rico!

Depois disso resolvemos ir a pé até a UAB. Mais de 1 hora de caminhada, com direito a chuva no caminho. 14 graus com vento dá uma sensação térmica de muito mais frio, então desfilamos luvas, cachecol, gorro, casacos, uma coisa chique.

Na volta, o almoço pegadinha. “Combinado por 4,5 euros”. Perfeito, pensei. Prato com frango grelhado, salada e fritas + suco ou refri. Fechou, é aqui. Pedi um “zumo de mora” e tomei feliz, embora o canudinho não funcionasse por nada. Na hora de pagar: 4,50 do prato + 3,60 do suco. Ué. Perguntei se não era um “combinado” e ele disse que o prato sim, o suco não. Ah, tá, primo. Paguei R$ 9,684 num suco de amora e o canudo nem funcionava direito! A Isabel jurou me zoar o resto da vida.

Na volta, passamos pela Sagrada Família, catedral que o Gaudi começou e ainda vai ser terminada. Fantástica, Isabel tirou fotos. No caminho, muitas lojas em rebajas (liquidação): Zara, Benetton, Mango, Levis, sem falar das grifes daqui que nunca vi mais gordas. Sai, tentação. Por enquanto, tô resistindo bem. O único abuso foi o suco de amora.

À noite, compramos queijos e vinho no supermercado e comemos super bem. Fiquei muuuuuito feliz de pagar 1,24 euro num queijo brie que em SP custaria uns 18 reais. Comi com um gusto que só vendo.