Tarde agradable

14/08/2010

Final de tarde, dia bonito.

– Praia, né?

– Seguro. A la playa.

Lagarteamos boas horas ali na Barceloneta.

Por que mesmo a gente não faz isso mais vezes?

Sant Pol de Mar

22/07/2010

Sant Pol de Mar.

Praia gracinha a 1 hora de trem daqui.

Outra viagem, Cíntia? Já?

Me explico: estou em férias e é verão. Temos mais é que aproveitar esse tempo para fazer viagens curtas em dias nadavê, já que nos finais de semana tudo lota.

E de onde sai a grana pra tudo isso, menina?

Dinheiro não é problema, é solução, já dizia algum sábio.

Quem vê essas fotos bonitas pensa que estamos gastando uma fortuna.

Pura ilusão. Repare no tamanho da mochila do Igor.

Temos viajado num esquema totalmente low cost, rateando gasolina, dormindo na casa de amigos, levando os próprios lanches. Uma coisa bem baixa renda. Vulgo «farofada».

Bel, Igor e eu passamos o dia lagarteando no sol. A praia tinha areia de verdade (aqui em Barcelona a praia foi construída para os Jogos Olímpicos de 92, e a areia é estranha e grudenta). Lá era de verdade, tipo mini-pedrinhas.

Tudo muito tranquilo e relaxante – como devem ser as férias no paraíso.

O feito do dia: quebraram-se de velhos os óculos do I.

Demos uma de Gibinha e dá-lhe super-bonder.

Pronto para outra.

No fim do dia, para deixar a criança feliz, fomos ao cinema.

O filme foi bacana, mas a alegria do menino é que valeu a pena.

Meu medo é que esse cinema fica a 10 minutos de casa.

Bom, se eu tiver dúvidas em onde encontrar o Igor, eis aí um bom palpite.

Algumas coisas são imutáveis.

Ter um feriado, por exemplo, é sempre bom.

Dormir no solzinho quando o dia está quente, mas tem vento, também.

No meio da tarde, portanto, peguei um livro e fui procurar um lugar para lagartear.

(Aliás, tenho algo de lagarto. Amo ficar ali, horas e horas espichada no sol e, de repente, quando dá na telha, sair bruscamente para fazer minhas coisas. Bom conceito esse. Não lembro onde nem quando o ouvi pela primeira vez, mas adotei-o para a vida).

Aqui em frente tem um parque bem gostoso, e foi lá mesmo o lagarteio.

O livro: «Cem anos de solidão». Comecei em fevereiro, e até agora não cheguei no 8º ano.

Gabriel García Márquez, nada pessoal. Gosto muito do senhor. Aliás, te sou bastante grata. Seu livro me deu um soninho tão providencial hoje… Eu tava precisando descansar, sei que você me entende. Prometo entender tudinho sobre o José Arcadio. E sobre seu filho, José Arcadio. E sobre seu filho, José Arcadio. E sobre seu filho, José Arcadio.

Zzzzzzzzzzzzzzzzzz.