Tarde de alegría – La despedida
17/04/2011
Nunca vi um lugar tão muvucado quanto nosso apê este domingo.
Lotou. Ou melhor, superlotou.
Fui convidando as pessoas queridas da igreja (as mais próximas!) e quando me dei conta, vi que estavam reunidas quase 30 pessoas numa sala, acomodadas por todo e qualquer local sentável: chão, criado-mudo, mesa, rack da TV, janela (!!!).
Não sabia se ria ou chorava. De alegria.
De um jeito ou de outro o povo se acomodou, comeu, conversou, deu risada…
Em algum momento nos surpreenderam com um presente: um enfeite do lagarto do Gaudi que está no Parque Guell. Ícone da cidade, o parque nos traz lembranças lindas deste ano inesquecível. Também ganhamos um cartão fofo, com recadinhos de cada amigo. Muito fofos. Chorei.
A tarde rendeu e virou noite.
Num grupo mais pequeno, passamos horas rindo e conversando. De banalidades a polêmicas.
Bom demais estar em família.
Tarde de alegría – 2a. Edición
13/02/2011
A galera invadiu meu Facebook e começou a pedir outra Tarde de Alegria.
Não seja por isso! Marcamos o dia e a casa encheu outra vez.
Só risada com esse povo. Ao todo, umas 20 pessoas.
Cada um trouxe algo para comer e beber.
Fiz torta de frango, pudim de leite condensado e inventei um cheesecake.
À noitinha, rolou Máfia, aquele jogo de assassinos, anjos, vítimas. Uma mistura de Detetive com Big Brother, porque é necessário eliminar uma pessoa a cada rodada. Votação tensa e tudo mais.
Divertidésimo. O povo encarnava o personagem e saía argumentando.
Demais, demais.
Aproveitamos o embalo para comemorar meu aniversário. Sim, bem atrasado.
Mas como eu não estava aqui no dia, festejamos um mês depois. Hihihi.
O pastor orou por nós; oração bonita de gratidão pela nossa vinda pra cá.
Ganhei presentinhos, manifestações de carinho e abraços.
Ai, ai. E a coragem de dizer tchau?
Fiesta de despedida para Bel
29/11/2010
Fiesta!
17/10/2010
Momentos especiais hoje na igreja.
O povo de lá tem um carinho tão grande por nós… Várias tiazinhas nos enchem de abraços e agradecimentos pelo nosso serviço. Dizemos que é um privilégio para nós estar ali e servir a Deus com eles. Mesmo assim nos agradecem e dizem que não vão nos deixar ir embora. O pastor também se preocupa muito conosco, manda e-mails, pergunta como estamos. É tão gostoso se sentir querido, parte de um corpo.
Hoje, enquanto conduzia o momento de louvor, falei sobre os mineiros do Chile. Perguntei se as pessoas já tinham parado para pensar como é ficar tanto tempo no escuro. Convidei todos a imaginarem a sensação de ser resgatados, de respirar bem outra vez, de ver luz. E comparei esse fato ao gesto de amor de Jesus, que fez exatamente o mesmo por mim e por você: nos tirou das trevas para Sua maravilhosa luz. Estávamos mortos em nossos pecados e, por meio do sacrifício de Jesus na cruz, podemos agora ter paz com Deus – a única e verdadeira fonte de luz. Foi bacana ver como essa comparação simples impactou as pessoas, e como se entregaram a louvar a Deus.
Chegamos em casa umas 14h e pouco, já correndo.
A Bel saiu até antes de acabar, preocupada com a produção dos docinhos.
Pensei: «se a Bel tá com pressa, significa que pode ser que estejamos atrasados».
De repente, chega o Igor na cozinha, super acelerado. Queria ajudar.
Pensei: «se o Igor tá com pressa, ferrou, estamos no mínimo um dia atrasados».
Linha de produção:
– 8 receitas de risóles (que é mais fácil de enrolar que coxinha).
– 4 tipos de docinho: bombom de brigadeiro, de leite condensado, caramelado e beijinho.
– 2 pudins de leite condensado.
– Casa arrumada, quartos camuflados e banheiro limpo.
Em tempo record, tudo pronto.
Bel e eu ainda enchemos bexigas de surpresa enquanto o Igor tomava banho.
Quando o pessoal chegou, parecia um verdadeiro milagre de Natal: velinhas pela casa, música rolando, champagne.
(Lembra daquela cena de «Esqueceram de Mim», quando os pais do Macaulay Culkin chegam em casa depois da incrível perseguição aos ladrões, e está tudo arrumadinho, em perfeita ordem? Pois agora isso me parece perfeitamente verossímil).
A festa foi ótima. Vieram uns 10 amigos nossos, e morremos de rir, comer e conversar.
Só mais tarde, quando todos foram embora levando marmitas de doces e salgados, é que nos demos conta de que a quantidade foi relativamente grande para o número de pessoas.
É… já temos outra festa pronta no congelador.
Fiesta de La Mercè
24/09/2010
Mercê é a padroeira da Catalunya. Daí se imagina o tamanho da festa.
Eventos de todos os tipos e para todas as idades pipocaram por Barcelona.
As meninas sairam logo cedo para o Parque Guell.
Enquanto isso, fiz O bolo de maçã (aquele ma-ra-vi-lho-so).
Nos despedimos e foram elas para Londres e nós para o aniversário da Raquel.
De lá, passeamos pela cidade.
Gente e festa por todo lado.
Bonito de ver.
À noite, show com Goldfrapp, grupo inglês de música eletrônica.
90 mil pessoas e 1 cão que algum lesado teve a ideia de levar para o meio do povo.
Nesse momento, perdi as forças e a paciência. Vazei.
1h30 começaria outro show muito bom (Delafé y las Flores Azules), mas não aguentei esperar. #véia
A melhor sensação do dia foi chegar em casa podre e faminta, e encontrar um bolo de maçã e um leitinho gelado me esperando, reconfortantes.
Ressuscitei e fui dormir feliz.
La fiesta de Grácia
16/08/2010
Começou hoje a festa mais tradicional da cidade: a Festa de Grácia.
Grácia é um bairro parecido com a Vila Madalena, com ruas estreitas e cheia de restaurantes bacanas, bistrôs, ateliês e lojinhas alternativas.
Durante essa semana de agosto, 17 ruas desse bairro são decoradas pelos moradores, e o lugar se enche de atividades culturais e de gente. Muita gente.
Passeamos até 2h da manhã por ali e nos divertimos com grupos musicais de vários estilos: do brega (tiozinhos tocando sanfona) ao bizarro (como um cara tocava violão, bateria, gaita e cantava ao mesmo tempo).
Provamos uma bebida pra lá de exótica: rum com café, canela e limão, tudo isso pegando fogo – literalmente.
Ô cidade que sabe fazer festas, essa Barcelona.
Fiesta histórica
11/07/2010
Nunca pensei que eu diria isso – e desculpem se soar muito egoísta – mas, se o Brasil tivesse ganhado a Copa, não seria tão divertido.
Assistimos ao jogo num bar tranquilo perto da praia.
Na hora da prorrogação, fomos para a Plaza España (tipo a Paulista daqui).
Lá, nada menos que 75.000 pessoas sofrendo com gol que não saía.
Quando finalmente a Espanha marcou, a multidão foi à loucura.
O povo aqui está sofrendo demais com a crise, e foi legal ver neles a euforia de ter sua auto-estima, pelo menos em um aspecto, melhorandinho.
Estávamos três brasileiros (Bel, Igor e eu) e três colombianos (Paola, Fer e Juliana) – todos se sentindo espanhóis por simpatia temporária.
Não tinha como estar aqui e não celebrar também.
Havia gente chorando, cantando, se jogando nas fontes e dançando, uma coisa doida.
Bastou um «duvido» do Igor, e Paola e eu, as mais joselitas, fomos parar na fonte.
Indescritível a sensação de fazer parte dessa festa histórica.
E ver os catalães cantando «Yo soy español, español, español» não tem preço.
Yo soy españoooool…
07/07/2010
Comovente a celebração catalã com a vitória da Espanha.
«Yo soy españoooool…», cantavam em coro.
Bonito de ver.
E raro também, porque os mais tradicionais da Catalúnia não se consideram espanhóis, sofreram horrores com a ditadura, preservam o idioma, enfim, toda uma história.
Mas hoje a festa foi contagiante.
Tanto que virei espanhola desde criancinha.
Principalmente para jogar contra a Holanda.
Venga, Españaaaa!
Muy fino
19/06/2010
Fiesta 1 x 0 Curiosos
13/06/2010
Parece que começaram as festas de verão nos bairros.
Hoje rolou uma aqui em frente de casa.
Aquela coisa básica: bingo para os mayores, carrossel pra criançada.
À noitinha, do nada, surge uma batucada.
Parecia uma bateria de escola de samba.
Os 4 curiosos aqui de casa fomos ver o que era.
E, claro, enquanto atravessávamos a rua, o barulho acabou.
Vácuo.
Festa 1 x 0 Curiosos.
Fiesta del Comercio Justo
08/05/2010
Gastrite incomodou logo cedo. Resolvi que merecia chegar atrasada no curso.
(A sorte foi que meu professor resolveu também).
Depois, aulas no Canzión. A professora de canto, espantada, disse que minha voz estava ressonando bastante bem. Expliquei que estou tentando colocar em prática o que ela tanto me ensina, ué. Hihihi. Fiquei feliz.
Saí de lá por volta das 17h, e o sol me convidou para uma caminhada que durou 3 horas.
Passei por uns 3 ou 4 bairros até chegar em casa, e descobri que a cidade estava em festa!
Diversas ruas foram fechadas e enfeitadas com barracas e atrações culturais.
Celebrou-se hoje em 98 municípios da Catalúnia a Festa do Comércio Justo.
O objetivo é difundir os valores e propostas de «Comércio Justo» (preço correspondente aos custos de produção dos artigos; retribuição digna pelo trabalho; respeito aos direitos humanos; erradicação da exploração infantil; benefícios para comunidades produtoras; respeito ao meio ambiente; igualdade de gêneros) e «Banco Ético» (transparência, critérios éticos; benefícios para todos; melhor oferta de serviços).
Na prática: lojistas saem às ruas e vendem tudo com descontos, e voluntários organizam atrações infantis, bingos e apresentações culturais.
Divertido.
E me rendeu um perfume, que eu ganhei de mim mesma. 30% de desconto.
Viva o Comércio Justo!
Fiesta y feijoada
25/04/2010
Dia especial em vários aspectos.
Participei do culto cantando pela primeira vez com o grupo de louvor.
Mistura de sensações: estranheza, emoção, alegria, gratidão.
Depois, FEIJOADA em casa.
Para quem nunca tinha cozinhado nem feijão, modéstia às favas, ficou per-fei-ta.
7 brasileiros e 1 italiano comeram extremamente bem (e mandaram lembranças para a D. Zeneide, doadora dos ingredientes maravilhosos que o Igor contrabandeou para cá).
Vieram até as folhas de louro. Profissionalismo, minha gente.
Passamos o dia no fogão, mas ouso dizer que foi uma das noites mais divertidas que já tive aqui em Barcelona.
De quebra, ainda assistimos a uma apresentação profissional de forró de Luiza e Rhoden, meus ilustres e cearenses companheiros de piso. Rastapé de verdade:
Mais tarde, quando vi, estava tocando teclado e a sala virou um videokê.
Fomos de Victor e Léo a Roberto Carlos sem perder a classe (minto, perdemos a classe quando passamos por Grupo Revelação #vergonha).
Divertido é pouco para descrever o dia. Foi realizador.