Justicia divina?

30/01/2010

Gestores de contenido. E eis que entendo o que é de verdade o WordPress, o NPA e tantos outros programas que já usei e não sabia como eram por dentro. Interessante! Logo mais vou procurar uns plugins e outros trecos para aprimorar este humilde espaço.

O almoço tipicamente gaúcho ficou por conta da Isabel, que mandou benzasso no arroz carreteiro com linguiça. Para tapear a abstinência de verde, rolou também uma saladinha.

À tarde ainda deu tempo de visitar uma exposição no Caixa Forum, um espaço patrocinado pela iniciativa privada (banco La Caixa) que tem várias mostras gratuitas durante o ano. A de hoje foi bem um choque de realidade: Camboja, Paquistão, Vietnã, países que sofrem retratados por fotógrafos, digamos, sensíveis. Quase sensacionalistas.

Se seu estômago aguenta, aqui tem algumas fotos de Camboja. Para adiantar o cenário, tratam-se de crianças mutiladas vivendo felizes em meio à pobreza. As estatísticas dizem que lá tem uma mina (prestes a explodir) por habitante. As imagens de mulheres paquistanesas agredidas com ácido, cujos rostos ficaram irreconhecíveis e mutilados, não tive coragem de fotografar. Dói o coração.

Tentei ir à igreja no fim do dia (hoje, pelo que eu havia entendido, haveria um culto dirigido pelos músicos daquele curso que comentei). Andei por uns lugares obscuros até encontrar o local e – surpresa! – fiquei no vácuo.

Não era hoje, não era lá, não era pra ser. Ou todas as anteriores.

Em compensação, descobri nesse bairro uma rua bacana e cheeeeia de lojas! Em uma delas, uma raridade: um casaco compridinho roxo escuro me esperava de mangas abertas por apenas 12,99 euros. Sim! 12,99 era o que estava escrito na etiqueta!

Passei o cartão de crédito sem dó e é claro que o preço da etiqueta estava errado. Eram 16,99. Não, não. «Tava escrito 12,99», eu argumentava. O que é justo é justo.

Ao que a gerente da loja respondia: «Está marcado errado, lamento muito, e infelizmente não posso devolver seu dinheiro. Posso, no máximo, te dar um vale de 16,99 para você comprar o que quiser nos próximos 30 dias».

Eu olhava à minha volta e nada mais me atraia.

Não, nem pensar. «Eu quero levar aquele casaco. E por 12,99».

Buenas, lá se foram 15 minutos com a loja já fechada e eu dentro, exercitando a tolerância cultural e tentando lidar com a «gentileza» da espanhola.

No fim das contas, levei o casaco. Por 16,99. Mas ganhei duas meias e três pulseiras como pedido de «desculpas» pelo transtorno.

Justicia divina.