Dulcitos de Isabel

11/11/2010

Seria uma vergonha ir embora sem aprender os segredos dos incríveis docinhos da Bel.

Amadorismo mesmo, daqueles que nos encheriam de remorso.

Afinal, muito mais que da amizade, sentiremos saudades dos docinhos.

Hahahahahaha. Brincadeira, irmãzinha queridona.

Também vai fazer falta o carreteiro. Hihihihi.

Agora falando sério, a Bel foi uma fofa e deu uma aula prática para nós.

Vamos ser legais e dividir os truques, até porque eu não tô a fim de ganhar inimigos.

Depois das fotos a seguir, duvido que não role docinho por todo o Brasil amanhã.

Aprendemos dois tipos de iguarias de leite condensado: os cristalizados e os bombons.

A proporção mágica é 1 lata de leite Moça para 1 colher de sopa de margarina.

Aliás, nessa receita sempre que eu disser «colheres», leia-se «colheres de sopa» #dica1.

Mexa eternamente, uma hora ele começa a desgrudar da panela.

Alterne fogo alto e baixo, porque a bagaça é louca para queimar.

Coloque num treco untado. Tudo deve ser untado quando se tratam de docinhos. #dica2

Quando esfriar, é «só» enrolar as bolinhas.

Unte as mãos e tente fazer a bolota bem com o meio da palma das mãos #dica3

E para manter o mesmo tamanho e o formato redondinho, padrão-Bel?

Depois do nonagésimo, a gente começa a entender a lógica.

O que importa é que a massa para os dois tipos de docinhos está pronta.

A etapa mais complicada é, como diz a doceira, «dar banho».

Primeiro os caramelados.

A calda é facílima de fazer e dificílima de acertar.

1 xícara de água, 1 de açúcar cristal, 3 colheres (já sabe) de vinagre de vinho branco.

Mexa somente antes de colocar no fogo.

Depois, não ouse nem olhar para a panela.

O caramelo se auto-faz.

Você tem só que cuidar do fogo (baixo) e do ponto (cor de caramelo).

Para saber se está bom, pingue uma gota numa superfície fria. Vai virar uma pedrinha. Morda. Se quebrar como vidro, está no ponto. Pode desligar. Se grudar no dente, jogue fora e comece tudo de novo.

Quando acertar o caramelo (o Igor mandou bem já na primeira), banho neles!

Mergulhe o doce no caramelo com um garfo e coloque-o sobre uma superfície lisa e untada.

Definitivamente, não é tão fácil quanto parece.

O ideal é, depois, acertar as beiradas com uma tesoura, para deixar tudo no padrão-Bel.

Igor e eu erramos vários, e por isso resolvemos confeitá-los, para disfarçar as imperfeições.

Enganamos bem, até.

Finalmente, os bombons.

Derreta uma barra de chocolate ao leite em banho-maria.

Não deixe a água ferver; é a temperatura ideal para não cometer o pecado de queimar esse precioso ingrediente #dica4

O processo de dar o banho é idêntico.

Igualmente impossível manter o padrão-bolinhas-perfeitas.

Mas nada que não se disfarce com uma decoração rococó.

A #goldendica é por minha conta: experimente tudo durante todo o processo.

Antes, no desenrolar da coisa e depois.

Vale muuuuuito a pena.

Fiesta!

17/10/2010

Momentos especiais hoje na igreja.

O povo de lá tem um carinho tão grande por nós… Várias tiazinhas nos enchem de abraços e agradecimentos pelo nosso serviço. Dizemos que é um privilégio para nós estar ali e servir a Deus com eles. Mesmo assim nos agradecem e dizem que não vão nos deixar ir embora. O pastor também se preocupa muito conosco, manda e-mails, pergunta como estamos. É tão gostoso se sentir querido, parte de um corpo.

Hoje, enquanto conduzia o momento de louvor, falei sobre os mineiros do Chile. Perguntei se as pessoas já tinham parado para pensar como é ficar tanto tempo no escuro. Convidei todos a imaginarem a sensação de ser resgatados, de respirar bem outra vez, de ver luz. E comparei esse fato  ao gesto de amor de Jesus, que fez exatamente o mesmo por mim e por você: nos tirou das trevas para Sua maravilhosa luz. Estávamos mortos em nossos pecados e, por meio do sacrifício de Jesus na cruz, podemos agora ter paz com Deus – a única e verdadeira fonte de luz. Foi bacana ver como essa comparação simples impactou as pessoas, e como se entregaram a louvar a Deus.

Chegamos em casa umas 14h e pouco, já correndo.

A Bel saiu até antes de acabar, preocupada com a produção dos docinhos.

Pensei: «se a Bel tá com pressa, significa que pode ser que estejamos atrasados».

De repente, chega o Igor na cozinha, super acelerado. Queria ajudar.

Pensei: «se o Igor tá com pressa, ferrou, estamos no mínimo um dia atrasados».

Linha de produção:

– 8 receitas de risóles (que é mais fácil de enrolar que coxinha).

– 4 tipos de docinho: bombom de brigadeiro, de leite condensado, caramelado e beijinho.

– 2 pudins de leite condensado.

– Casa arrumada, quartos camuflados e banheiro limpo.

Em tempo record, tudo pronto.

Bel e eu ainda enchemos bexigas de surpresa enquanto o Igor tomava banho.

Quando o pessoal chegou, parecia um verdadeiro milagre de Natal: velinhas pela casa, música rolando, champagne.

(Lembra daquela cena de «Esqueceram de Mim», quando os pais do Macaulay Culkin chegam em casa depois da incrível perseguição aos ladrões, e está tudo arrumadinho, em perfeita ordem? Pois agora isso me parece perfeitamente verossímil).

A festa foi ótima. Vieram uns 10 amigos nossos, e morremos de rir, comer e conversar.

Só mais tarde, quando todos foram embora levando marmitas de doces e salgados, é que nos demos conta de que a quantidade foi relativamente grande para o número de pessoas.

É… já temos outra festa pronta no congelador.