Fiesta!

17/10/2010

Momentos especiais hoje na igreja.

O povo de lá tem um carinho tão grande por nós… Várias tiazinhas nos enchem de abraços e agradecimentos pelo nosso serviço. Dizemos que é um privilégio para nós estar ali e servir a Deus com eles. Mesmo assim nos agradecem e dizem que não vão nos deixar ir embora. O pastor também se preocupa muito conosco, manda e-mails, pergunta como estamos. É tão gostoso se sentir querido, parte de um corpo.

Hoje, enquanto conduzia o momento de louvor, falei sobre os mineiros do Chile. Perguntei se as pessoas já tinham parado para pensar como é ficar tanto tempo no escuro. Convidei todos a imaginarem a sensação de ser resgatados, de respirar bem outra vez, de ver luz. E comparei esse fato  ao gesto de amor de Jesus, que fez exatamente o mesmo por mim e por você: nos tirou das trevas para Sua maravilhosa luz. Estávamos mortos em nossos pecados e, por meio do sacrifício de Jesus na cruz, podemos agora ter paz com Deus – a única e verdadeira fonte de luz. Foi bacana ver como essa comparação simples impactou as pessoas, e como se entregaram a louvar a Deus.

Chegamos em casa umas 14h e pouco, já correndo.

A Bel saiu até antes de acabar, preocupada com a produção dos docinhos.

Pensei: «se a Bel tá com pressa, significa que pode ser que estejamos atrasados».

De repente, chega o Igor na cozinha, super acelerado. Queria ajudar.

Pensei: «se o Igor tá com pressa, ferrou, estamos no mínimo um dia atrasados».

Linha de produção:

– 8 receitas de risóles (que é mais fácil de enrolar que coxinha).

– 4 tipos de docinho: bombom de brigadeiro, de leite condensado, caramelado e beijinho.

– 2 pudins de leite condensado.

– Casa arrumada, quartos camuflados e banheiro limpo.

Em tempo record, tudo pronto.

Bel e eu ainda enchemos bexigas de surpresa enquanto o Igor tomava banho.

Quando o pessoal chegou, parecia um verdadeiro milagre de Natal: velinhas pela casa, música rolando, champagne.

(Lembra daquela cena de «Esqueceram de Mim», quando os pais do Macaulay Culkin chegam em casa depois da incrível perseguição aos ladrões, e está tudo arrumadinho, em perfeita ordem? Pois agora isso me parece perfeitamente verossímil).

A festa foi ótima. Vieram uns 10 amigos nossos, e morremos de rir, comer e conversar.

Só mais tarde, quando todos foram embora levando marmitas de doces e salgados, é que nos demos conta de que a quantidade foi relativamente grande para o número de pessoas.

É… já temos outra festa pronta no congelador.

Hard core

18/09/2010

Começaram os sábados hard core:

– das 10h às 14h: aulas do master;

– das 14h às 14h10: lanche de atum no metrô (já estava com saudades!);

– das 14h10 às 18h30: aulas de teclado, canto, teorias musical e bíblica;

– das 19h30 às 22h: ensaio vocal com grupo de louvor da igreja.

– das 22h30 às 2h30 (supresa boa do dia): arroz carreteiro com Bel e Deia. Baah, tchê.

Esgotada.

Feliz.

Fuso horário fazendo efeito.

Relógio despertou às 9h e foi ignorado. Quase – QUASE – perdemos o desayuno, que ia até 10h. Acordamos às 9h58.

Foi um tal de bota-blusa-por-cima-do-pijama-e-desce-correndo-com-a-cara-inchada.

Deu tempo e economizamos uns euros e consequentemente uns 2x reais. Importante.

Às 13h, saímos para a aula, que começaria às 16h. Almoçamos no caminho: KFC, o primeiro trash food do ano. Mas foi em frente à Sagrada Família, então valeram as calorias.

Depois descobrimos a Carrer de Gaudi (Rua de Gaudi, em catalão). Calçadão gracinha que fica perto da faculdade. Descobrimos, aliás, que a caminhada até lá dura muito mais de 1 hora. Mas esquecemos de novo de calcular exatamente.

A primeira aula obviamente contou com bizarrices. Ficamos até quase 16h30 numa sala 11 que ficava no térreo até descobrirmos que a aula era no primeiro andar. Aff. Ainda bem que havia quase 10 pessoas cometendo o mesmo mico.

As pessoas parecem… sei lá… espanholas.

Não dá pra ter ainda uma primeira impressão, exceto por:

–         minha compreensão auditiva está boa;

–         a compreensão auditiva do que eu falo até que passa;

–         minha paciência para aulas está razoável;

–         meu botão de “azeite” tá ligado pra pessoas que se acham e querem dominar o assunto no grupo;

–         somos 5 brasileiros e todos à primeira vista fomos simpáticos e nos unimos patriota e instintivamente numa panela – que não é fechada, mas é panela;

–         o curso vai ser puxado e os coordenadores são exigentes.

De resto, a ver como se vá.

Voltamos de ônibus – nem 15 minutos – e jantamos restô dontê.