Zero a Zero para Portugal
25/06/2010
E zero a zero é lá placar de jogo de Copa?
Claro que não, ora pois.
Fiquei injuriada.
Empatar com Portugal?
Não pode, minha gente. Pode não.
Nessa auto-foto estamos parecendo felizes mas, repare, é uma alegria disfarçada.
Já estávamos ali, verde-e-amarelando pelas ruas.
Tivemos, então, que fazer cara de «vai, Brasil» e bola pra frente.
Venga Brasil!
15/06/2010
Tudo começou de manhã.
O esquema tático já estava planejado.
Muita expectativa, minha gente.
Alonguei tudo direitinho e coloquei na bolsa.
Fui mais cedo para o trabalho, já no clima ô-lê-lê-ô.
Tinha um compromisso importante depois e não podia haver impedimentos.
Dia sem prorrogação.
Driblei o chefe, dei rolinho na secretária, chapelei a colega de trabalho.
Aos 45′, joguei uns trabalhos pendentes pra escanteio e fui pro vestiário.
Juizão não foi louco de dar nenhum minuto de acréscimo.
Com a merecida reverência, vesti a digníssima camisa verde e amarela, ainda na firma.
Haja coração.
Foram 4 anos esperando esse momento, e agora estava ali, na cara do gol.
Bora para o metrô. Brasil-eô.
A torcida toda me esperava num bar brazuca mais lotado que o Anhangabaú.
Claro que não tinha lugar pra sentar.
De repente, vi em frente ao bar uma cadeira velha jogada pra escanteio.
Não tive dúvidas: botei pra dentro e saí pro abraço.
===========<() Fuéeeeeeeeee!
E, finalmente, primeiro gol do Brasil.
Não vi como foi. Tava com torcicolo de tanto olhar para cima lá no telão.
Mas pulei, vibrei, comemorei e botei pra fora aquele grito entalado desde as quartas de final da Copa passada no jogo contra a França (#fiadamae, tomara que perca!).
Comoção geral também no segundo gol.
Quem? Elano?
Já vi que tô velha e desatualizada futebolisticamente.
É.
Para falar a verdade, não foi nenhum jogão.
Faltou brilho.
Robinho nem pedalou.
E ainda tivemos dó do coitadinho do coreano chorão e demos um gol de lambuja.
Mas Copa é Copa.
Brasil é Brasil.
E brasileiro que é brasileiro não desiste nem aqui nem na España.