Digestión

Jantar mexicano na casa da Isabel.

Tudo uma delícia: chili com carne, nachos, tortillas, guacamole e outros molhinhos…

Além da anfitriã, estávamos Jana, Arthur, Nico, Fernando, Roberta e eu.

E tudo corria bem até que alguém teve uma ideia:

– Vamos fingir que a comida nos fez mal?

Pronto. Encarnamos todos personagens dignos de novelas mexicanas e fomos – um a um – ao banheiro. Muitos minutos depois, um batia na porta, perguntava se o outro ia demorar, e lá ficava até que o próximo se manifestasse.

Teve quem voltou do banheiro suando, quem voltou cabisbaixo, quem voltou com a mão no estômago simulando revertério, quem voltou perguntando se tinha mais papel…

A pobre Isabel era a única que supostamente estava bem.

Bem preocupada e bem sem graça.

E a brincadeira durou aproximadamente 1 hora.

Todos firmes e fortes segurando o riso.

O auge foi quando uma amiga dela ligou e a conseguimos filmar relatando o fato, com detalhes, super constrangida. A amiga «por sorte» era enfermeira e nos receitou um remédio, disse que era normal ter piripaque com esse calor.

Quando contamos que era brincadeira, a gaúcha quase rolou de rir.

Tá tudo filmado. Em breve no Youtube.

Vai ser bem divertido morar com essa guria.

Hasta la vista!

Ousadia na cor da unha: Sereia.

É um azul esverdeado bem bonito, linha nova da Impala que encomendei para minha mãe e veio via malote Igor.

Bom mudar às vezes.

Cor simpática.

À tarde fomos ao Glóries, um centro comercial onde estão o Carrefour e algumas lojas de roupa que eu pre-ci-sa-va visitar. Minhas jeans já não eram novas e, de tanto andar aqui, ficaram só o pó. Para ajudar, as coxas gordinhas facilitam o trabalho do atrito e aí já viu… Destruição total.

O lance é que aqui a calça não é skinny; é super-ultra-skinny. Ela fica normal na cintura e na coxa, mas aperta a panturrilha. A parte boa é que o modelo é perfeito para usar com botas. Comprei uma pra ver se acostumo.

O almoço foi comida mexicana. Impagável ver o I provando guacamole e curtindo!

Depois, comemorando a vida, café no Stabucks, para a felicidade do menino.

Agora são 2h da manhã e já resolvemos não dormir. Sairemos daqui a duas horas para nossa viagem à Andalucía. Conheceremos, se Deus quiser, cinco cidades no sul da Espanha: Sevilla, Córdoba, Málaga, Ronda e Granada.

Por isso, é muuuuito provável que até o dia 9/4 eu suma.

Prometo atualizar na volta, com fotos cheias de paisagens lindas e muitos sorrisos.

Saudades sem fim.

Surto

Levantei cedo e saí de casa cheia de credibilidade com roupa nova: camisa branca, casaco preto de manga curta por cima, lenço estampado PB hiper fofo e estiloso, sobretudo preto de lã por cima de tudo.

A conversa foi ótima, me senti confortável e acho que consegui falar tudo o que gostaria. Mas está nas mãos de Deus. Semana que vem teremos resposta (Isabel e eu estamos concorrendo… rs).

Sou daquelas que tende a esperar o pior para não se frustrar. O que vier é lucro.

Fui desesperadamente para a casa da Bel, porque precisava ajudá-la com os brigadeiros que levaríamos no Cooking Club da galera do master que vai ser amanhã. No fim das contas, passei o tempo todo resolvendo o bloqueio do meu cartão e ela fez quase tudo! Sorte que a guria é especialista… Ficaram lindos, e ela fez também bombons. Profissa.

Tive um surto de ansiedade quando vi que perdi quase 15 euros de crédito falando com o Unibanco, porque ninguém podia fazer isso por mim no Brasil e eu não encontrava POR NADA o número gratuito internacional para ligar. Surtei. Dor de estômago. Zuado. Até que, nesse exato momento, recebi um e-mail do pastor Daniel. Do nada. Ele só escreve ocasionalmente. E mais uma vez foi usado por Deus para me trazer paz.

Depois da aula (usabilidade again), fomos para uma cena mexicana na casa da Roberta. Conhecemos um monte de amig@s do curso dela, e lá ficamos conversando até mega tarde. A comida, deliciosa.

No final, as crianças se divertiram horrores tirando fotos de careta no espelho.

Un día agitado

Logo cedo, fomos fazer o empadronamento (um registro na prefeitura declarando o seu endereço). Chegando lá, cadê meu passaporte que eu não tinha tirado da carteira? Sumiu.

Lembrei que terça-feira eu havia ido ao Corte Inglês, uma espécie de shopping, e lá provavelmente esqueceram de devolver meu documento. Filho único.

Fui ao local e estava guardado, graças ao bom Deus. Foi só o susto (embora um belo…).

Aproveitamos a manhã burocrática para resolver nosso NIE (tipo um RG de estrangeiros) e levamos toda a documentação do universo até a Polícia. Foi beeeem menos traumático que o Consulado Espanhol. Não que seja muito difícil algo ser menos traumático do que foi o Consulado para mim… Quero apenas dizer que dessa vez deu tudo certo na primeira.

Depois, aula sobre História da Internet. Um vasto e rico apanhado, cheio de exemplos e discussões produtivas. Finalmente saímos um pouco do tecniquês e fomos para o que me gusta! Na pauta, um pouco do que foi a adaptação dos meios de comunicação à internet. Bela análise da professora, diretora do curso de Comunicação da UAB.

Depois da aula, comida mexicana com a galera, com direito a dinâmicas de grupo nhé. Prefiro «cidade dorme», obviamente. Mas ia ser beeeeeeem difícil explicar em espanhol. Xápralá.

(Da esquerda pra direita, Andréa, eu, Felipe, Ana Paula – os brasileiros – e, atrás, Antoni e Jordi – dois dos vários espanhóis).