Gastrite nervosa

18/03/2010

Dia de abastecimento no Carrefour.

E de preparação psicológica para a entrevista que farei amanhã. É a «segunda fase» do processo da Anuntis, e agora falarei com o diretor geral da América Latina e com a diretora do Brasil. #ansiedade #feliz!

Ah! E acabo de perceber que perdi meu cartão de crédito. Gastrite.

Arroz caldoso

10/02/2010

Dia de fazer despesa «grande» no Carrefour, o supermercado maior, mais barato e mais longe daqui: macarrão, molho de tomate, queijo, manteiga, milho verde, linguiça, papel higiênico, farinha, caldo de frango, mexerica (desisti no caixa – tava caro), vinho, suco, café (!?), leite, pão e, claro, um item básico de sobrevivência: kit-kat.

Ah, e um livro: 100 años de soledad, do Gabriel García Márquez. Esse é um daqueles que tava na lista dos «tem que ler» mas eu nunca tinha lido. O último dele que li foi «El amor en los tiempos del cólera«, que é impressionantemente bom, embora tenha a leitura meio cansativa porque a história não anda. Mas tirei lições de vida dali. Recomendo.

Assim que cheguei, resolvi cozinhar. «Ingredientes não faltam», eu pensei pouco antes de perceber que tinha esquecido de comprar arroz. Fui ao mercadinho aqui do lado e paguei 3 reais num pacote de 1 kg. Entenderam por quê pego um ônibus para ir ao Carrefour?

Bom. O arroz ficou «papa» (vai demorar para acertar o ponto. O arroz daqui, além de redondo, é duro! Será que era trigo? Não funcionou colocar o dobro de água; tentei colocar mais e virou uma meleca). Mas o gosto tava ótimo e é o que importa. Jogar 1 euro no lixo é que eu não ia.

(Mãe, é zueira o lance do trigo! Eu sei o que é cada alimento, só não sei prepará-los tão bem quanto você… Ainda!).

Aproveitei um frango grelhado sem graça que eu tinha feito ontem e incrementei com milho-verde refogadinho na manteiga e no azeite, com umas ervinhas. Auto-orgulho.

À noite, para a casa da Raquel e do Tiago para me despedir direito. Saí praticamente fugida de lá no sábado, porque o dono desse apartamento me pressionou até a alma para eu vir logo. Enfim, acertei o que tinha que acertar, dei abraços de obrigada e vim embora.

A pé. 23h30. Com 300 euros no bolso, que saquei num caixa no meio da rua (sim, aqui são raras as cabines, e os caixas ficam virados para a calçada). Tranquilo! Os únicos inconvenientes foram o cansaço e o frio – caminhei mais de meia hora para ir e outra para voltar. Pensa numa branquela com bochechas queimadas do vento gelado. Bonito…

Homenagem pública para o sogrão, Alex Alexandroff, que hoje ficou extremamente SEX. Sexagenário! Parabéeeeeeeens!

Arriba!

28/01/2010

Ontem ganhei emprestado um saco de dormir que acaba de virar meu melhor amigo. Enquanto o pezinho do I não vem pra me socorrer nas noites frias, esse vai quebrando o galho. Resultado: acordei mega tarde. Também, com cicladol na veia + pezinho quente = pessoa relaxada e sonolenta.

Tudo bem, eu mereço. Pelo menos um dia (por semana). Hihihi.

Fomos ao Carrefour fazer compras: ovo, batata, espinafre, alface, massa, leite, farinha, caldo de galinha, queijo, linguiça e o luxo do dia: frango! (6,50 euros o quilo…)

O almoço foi fantástico: espinafre cozidinho com ovo, muita cebola, alho e azeite; frango num molho mega bom da Isabel, coberto com queijo derretido; e restôdontê de massa com champignon.

Depois, a aventura do dia: fomos visitar um apartamento que se anunciava como uma cobertura com vista para o Parc Guell (linda área idealizada por Gaudi que fica numa região alta de Barcelona = subida com vista bonita).

Fomos já cientes da subida, mas não da distância do metrô. Perdidas, andamos quase 1 HORA ladeira acima para achar a tal rua. Milhares de ruelas, todas iguais. No caminho, um monte de estrangeiros tão bem localizados quanto a gente.

Quando finalmente achamos a rua, demos de cara com uma escada que seria um banquete para pagadores de promessa. Já que estávamos lá, subimos. Não sem antes tirar umas fotos pra registrar a ridícula aventura.

Tocamos o interfone de um predio simpático de uns 5 andares. Encontramos o tal Fulano na rua, chegando meio esbaforido com a filha. E eis que a menina começa a subir escadas.

Procuramos o elevador. Necas.

«Vocês gostam de fazer exercício? O apê é na cobertura!», ele tentou fazer uma piada.

Subimos rindo pra não chorar aqueles 7 lances intermináveis de escada, e conhecemos por educação um apartamento que conseguia ser mais imundo que o primeiro que visitamos: banheiro mal iluminado e nojento, cozinha zoneada, quartos poeirentos. Sem naipe algum.

Perguntas que não podem faltar nunca-mais-na-vida antes de se meter em outra dessas: tem elevador? Tem metrô perto? As pessoas fumam? Tem bichos? Tem naipe?

Mudando completamente de assunto, aqui vai uma manifestação pública de amor aos meus queridos pais, que hoje completam aniversário de 43 (ou 42 ou 44?) anos de casados! AMO VOCÊS.