A despedida dos amigos predominantemente brasileiros merecia algo bem digno.

Linha de produção de risólis, again.

Só pessoas queridas: Déia, Ana Paula, Fê Baldissera, Paola e Fede, Felipe e Ana.

(A ausência da Bel foi, mais uma vez, gritante. Como faz falta esse 1,5m de gente!).

Paola me surpreendeu e emocionou com essa obra de arte feita por ela mesma: bolachinhas deliciosas em formatos diversos, decoradas com «tchau» em português, inglês, espanhol e catalão. Muito muito muito especiais, assim como ela.

Presenças também especiais do pão de queijo da Ana Paula, do quibe (para amanhã) da Déia e da torta de frutas vermelhas da Fê. Banquete total.

Como podem ser construídos laços fortes assim em tão pouco tempo?

Fiz questão de não falar tchau.

Para isso existe o Facebook.

Pan pan pan pan

12/08/2010

Recebemos para jantar o Fernando e a Roberta, ex-colegas-de-piso da Bel.

Igor e eu «nos puxamos» (em não-«gauchês»: nos dedicamos) para fazer aqueeeele pão.

Receita: Marlene Alexandroff.

Adaptação espanhola: Igor e Cíntia Alexandroff.

Teve pão recheado de frango, linguiça, presunto e queijo, quatro queijos e maçã com canela.

Como há tempos a modéstia passa longe desta casa, posso dizer: ficaram incríveis.

Muy fino

19/06/2010

Aniversário de amiga brasileira da igreja.

Rolou festinha, cada um leva uma coisa e tal.

O auge da alegria foi a Jacynthe, nossa amiga suíça, tocando valsinhas no acordeon.

Muito fino.

Venga Brasil!

15/06/2010

Tudo começou de manhã.

O esquema tático já estava planejado.

Muita expectativa, minha gente.

Alonguei tudo direitinho e coloquei na bolsa.

Fui mais cedo para o trabalho, já no clima ô-lê-lê-ô.

Tinha um compromisso importante depois e não podia haver impedimentos.

Dia sem prorrogação.

Driblei o chefe, dei rolinho na secretária, chapelei a colega de trabalho.

Aos 45′, joguei uns trabalhos pendentes pra escanteio e fui pro vestiário.

Juizão não foi louco de dar nenhum minuto de acréscimo.

Com a merecida reverência, vesti a digníssima camisa verde e amarela, ainda na firma.

Haja coração.

Foram 4 anos esperando esse momento, e agora estava ali, na cara do gol.

Bora para o metrô. Brasil-eô.

A torcida toda me esperava num bar brazuca mais lotado que o Anhangabaú.

Claro que não tinha lugar pra sentar.

De repente, vi em frente ao bar uma cadeira velha jogada pra escanteio.

Não tive dúvidas: botei pra dentro e saí pro abraço.

===========<() Fuéeeeeeeeee!

E, finalmente, primeiro gol do Brasil.

Não vi como foi. Tava com torcicolo de tanto olhar para cima lá no telão.

Mas pulei, vibrei, comemorei e botei pra fora aquele grito entalado desde as quartas de final da Copa passada no jogo contra a França (#fiadamae, tomara que perca!).

Comoção geral também no segundo gol.

Quem? Elano?

Já vi que tô velha e desatualizada futebolisticamente.

É.

Para falar a verdade, não foi nenhum jogão.

Faltou brilho.

Robinho nem pedalou.

E ainda tivemos dó do coitadinho do coreano chorão e demos um gol de lambuja.

Mas Copa é Copa.

Brasil é Brasil.

E brasileiro que é brasileiro não desiste nem aqui nem na España.

Fiesta y feijoada

25/04/2010

Dia especial em vários aspectos.

Participei do culto cantando pela primeira vez com o grupo de louvor.

Mistura de sensações: estranheza, emoção, alegria, gratidão.

Depois, FEIJOADA em casa.

Para quem nunca tinha cozinhado nem feijão, modéstia às favas, ficou per-fei-ta.

7 brasileiros e 1 italiano comeram extremamente bem (e mandaram lembranças para a D. Zeneide, doadora dos ingredientes maravilhosos que o Igor contrabandeou para cá).

Vieram até as folhas de louro. Profissionalismo, minha gente.

Passamos o dia no fogão, mas ouso dizer que foi uma das noites mais divertidas que já tive aqui em Barcelona.

De quebra, ainda assistimos a uma apresentação profissional de forró de Luiza e Rhoden, meus ilustres e cearenses companheiros de piso. Rastapé de verdade:

Mais tarde, quando vi, estava tocando teclado e a sala virou um videokê.

Fomos de Victor e Léo a Roberto Carlos sem perder a classe (minto, perdemos a classe quando passamos por Grupo Revelação #vergonha).

Divertido é pouco para descrever o dia. Foi realizador.

Culto porrada. O pastor falou sobre família e sobre prioridades. O ideal:

  1. Deus
  2. Família
  3. O resto, na ordem que nos convier

Concordo MUITO.

Como base, foi usada a história de Eli, profeta extremamente dedicado às suas responsabilidades ministeriais, mas que parece não ter dedicado tempo suficiente a seus filhos, maus exemplos e péssimos cristãos (leia a história completa em I Samuel 2).

O almoço hoje foi aqui, com Isabel e Fernando. Estava tudo planejadinho: arroz, strogonoff de frango e batatas bolinha na manteiga e ervas.

A Bel cuidou do arroz. Eu, do strogonoff. E o Igor das batatas – que seriam apenas um singelo acompanhamento, certo? Errado.

Algo desandou e elas viraram um purê delicioso com queijo gratinado por cima que ofuscou – sim, OFUSCOU – meu strogonoff (que modéstia às favas estava perfeito, com champignon, mostarda francesa, tudo de melhor!).

E como não poderia ser diferente, o Igor virou o astro do dia. Confetes para o purê.

Ah! E, claro, ele já ganhou a simpatia de todos os meus amigos. Sabe aquele dom que ele tem de ser simpático e amável e irritantemente democrático? Pois é. Virei a chata. Aqui também!!! E olha que eu estava conseguindo manter bem a fama de pessoa normal…

Esfuerzo mental

05/03/2010

Manhã produtiva: fui ao banco, e fiz almoço de hoje, almoço de amanhã e jantar de amanhã (marmitas!).

Ah, e tentei fazer cachos. Não rolou. Meu cabelo está sofrendo uma crise de identidade. Estava sendo forçado a ficar liso até agora e, do nada, sem aviso prévio, recebeu um banho de ativador de cachos. Ele não entendeu nada, ficou no meio termo. Nem pra lá nem pra cá. Vamos ver se a frequência o convencerá a definir-se. Se não der certo, a tesoura o fará.

No máster, tema complexo: eye tracking. Simplificando a bagaça, trata-se de uma tecnologia que, através de uma câmera instalada no computador, nos permite seguir o movimento dos olhos de uma pessoa que está acessando determinado site. Assim, ao analisar o comportamento de navegação de um grupo, é possível sugerir melhorias na estrutura do dito cujo. Impressionante.

A professora, americana. Então o desafio do dia foi twittear fazendo mentalmente duas traduções simultâneas: do inglês para o português, e do português para o espanhol (sim, porque não rolou fazer direto, é muito esforço cerebral envolvido). Mas até que foi um exercício bacana!

Depois, jantar na Isabel, com seus amigos Carol e Fernando. Figuras.

Mil y una cosas.

27/02/2010

Correria (nunca pensei que diria isso aqui). Mas das boas. #surpresasdeDeus

Aula com uma professora super italiana hiper pilhada mega inteligente e ultra desafiadora. Gostei. Web 3.0.

Testei agora há pouco um aplicativo baseado em web semântica (uma das bases da web 3.0) que se chama Tripit. Ele organiza viagens para você. É só encaminhar seus e-mails com reservas de vôo e hotel, e ele coloca no cronograma bonitinho. O programa recebe seu e-mail, reconhece datas, horários, locais, e mostra até o mapa de cada hotel e de cada cidade. Como se não bastasse, ainda te pergunta se você quer alugar um carro com 10% de desconto e te dá o link da bagaça. Testei com nossa viagem para o sul da Espanha (5 cidades) e ele me mandou no mesmo minuto a resposta. Impecável e impressionante.

(Não vou gastar linhas aqui falando sobre isso, mas tem pano pra manga para quem quiser estender o papo sobre o assunto).

Informatiquês à parte, o dia foi bem bom.

Tive a primeira aula de canto e quase surtei quando a professora gastou 80% do tempo explicando coisas que eu já sabia sobre a fisiologia da voz. Eu quero cantar! Já fui apresentada ao diafragma, às cordas vocais, aos alvéolos, à caixa de ressonância, ao nariz e à língua. Agora eu preciso usá-los! #ansiedade #calmacocada

Já a aula de piano me deixou esperançosa e empolgada. O professor é o diretor do curso, um tecladista monstro. Expliquei minhas dificuldades («vício» em tocar com banda sempre do mesmo jeito, mão esquerda «morta», falta de base para improvisação, mania de tocar a linha do baixo – viu, Bru?) e ele, depois de me ver tocar, falou que temos muito o que trabalhar, mas que vamos longe! Foi bacana porque me deu exercícios de arpejos para desenferrujar as mãos e que, plus!, vão ajudar bem a «colorir» as músicas. #alegria #vamoquevamo

Depois da aula, encontrei a Isabel perto do Instituto e fomos perambular pelas ruas na última semana de rebajas. Resisti às tentações bravamente. Mais porque não achei sapatos com meu número que por auto-controle, confesso. Eu até tava achando que merecia um presente.

Massa com champignon e vinho com Isabel e Fernando (seu companheiro de piso). Lá estava também um casal da Itália que acabou de alugar o quarto livre. Porém, por restrições diplomáticas, não houve papo. Ninguém tava a fim de falar espanhol naquela casa em pleno sábado à noite.

Bendiciones

31/01/2010

Tempo de festa, acolhimento e encontro na igreja. Como faz sentido o Salmo 133! Agora sinto mais que nunca essa verdade em minha vida.

Encontrei a Roberta e sua mãe, e nos emocionamos no final do culto ao nos abraçarmos…

Descobri que as células são às sextas BEM no horário da minha aula. E que o curso que eu queria fazer de ministração de louvor é aos sàbados, também no horário da aula. Mas Deus tem planos nisso tudo, tô com o coração em paz.

Fico feliz de ver a Isabel se sentir tão bem ali! Nós estamos aprendendo muitas coisas juntas, vendo Deus agir em nossas vidas, e creio que esse é só o começo. Orem por nós.

De lá (14h) fomos andando sem pressa até nossa casa (19h). Calma, não foi uma caminhada sem pausas. Digamos que fizemos duas paradas estratégicas maravilhosas.

Ambas serão descritas com recursos visuais, porque palavras não me permitem descrever o que foi aquilo:

(clique aqui para ver mais fotos gordas)

Passei a tarde fotografando tendências, a pedido da Nathaly. As mais bizarras coloquei aqui para vocês verem por que as pessoas chamam esse lugar de cosmopolita.

À noite fui ver um apartamento que me encantou mais pelas pessoas que pelo lugar em si. Quarto de casal com janela grande, armário, escrivaninha, espelho pra Dinair nenhuma botar defeito, supermercados próximos, perto da faculdade e do metrô, apartamento grande e simples. Pessoas do bem: um casal brasileiro (cearenses!) e uma mexicana.

Me gustó! O triste é que é mais caro que aqui, mas como estou provisoriamente, cedo ou tarde isso iria acontecer. Amanhã vou dar uma volta no bairro de dia e decidir. Está nas mãos de Deus, como esteve tudo até então.

Fuso horário fazendo efeito.

Relógio despertou às 9h e foi ignorado. Quase – QUASE – perdemos o desayuno, que ia até 10h. Acordamos às 9h58.

Foi um tal de bota-blusa-por-cima-do-pijama-e-desce-correndo-com-a-cara-inchada.

Deu tempo e economizamos uns euros e consequentemente uns 2x reais. Importante.

Às 13h, saímos para a aula, que começaria às 16h. Almoçamos no caminho: KFC, o primeiro trash food do ano. Mas foi em frente à Sagrada Família, então valeram as calorias.

Depois descobrimos a Carrer de Gaudi (Rua de Gaudi, em catalão). Calçadão gracinha que fica perto da faculdade. Descobrimos, aliás, que a caminhada até lá dura muito mais de 1 hora. Mas esquecemos de novo de calcular exatamente.

A primeira aula obviamente contou com bizarrices. Ficamos até quase 16h30 numa sala 11 que ficava no térreo até descobrirmos que a aula era no primeiro andar. Aff. Ainda bem que havia quase 10 pessoas cometendo o mesmo mico.

As pessoas parecem… sei lá… espanholas.

Não dá pra ter ainda uma primeira impressão, exceto por:

–         minha compreensão auditiva está boa;

–         a compreensão auditiva do que eu falo até que passa;

–         minha paciência para aulas está razoável;

–         meu botão de “azeite” tá ligado pra pessoas que se acham e querem dominar o assunto no grupo;

–         somos 5 brasileiros e todos à primeira vista fomos simpáticos e nos unimos patriota e instintivamente numa panela – que não é fechada, mas é panela;

–         o curso vai ser puxado e os coordenadores são exigentes.

De resto, a ver como se vá.

Voltamos de ônibus – nem 15 minutos – e jantamos restô dontê.