Reacción alérgica…
21/02/2011
Acordei absurdamente lotada de vergões vermelhos pela pele.
Coceira absurda, sem fim.
Tinha começado ontem, mas eu pensei que era a tal doença viral de criança.
Liguei para o convênio: «preciso de um dermatologista urgente, por favor».
«Xi, senhora, só em março. Se estiver muito mal, vá ao pronto-socorro».
Fui.
Não tava aguentando a auto-pinicação.
O médico, malandro: «Tá tomando algum medicamento?».
Desde sexta à noite estava tomando o tal antibiótico.
E tudo fez sentido.
Reação alérgica ao antibiótico. De novo!
Me medicaram na hora e me mandaram trocar o dito cujo.
Digamos que não existiam muitas opções: dentre os que a bactéria é sensível – e eu não sou alérgica, ou não são utilizados só em casos muito graves – sobrou um.
O médico foi ler a bula, não tinha certeza dos efeitos colaterais. Dose única.
Ele ainda falou, com um ar de conselho: «Olha, se eu fosse você, não me rotularia alérgica a esse antibiótico também, porque no caso de uma doença grave, já sendo alérgica ao outro, você nos deixaria sem muitas opções».
E como eu faço para não ser alérgica, doutor?!? Como se fosse uma escolha minha.
Eu tava muito nervosa – e com muito sono, do anti-alérgico que me deram na busanfa.
Saí dali com a receita, mas não botei fé no médico.
Queria confirmar com o meu urologista se eu podia simplesmente trocar o medicamento assim, na metade do caminho. Sei lá como funcionam esses antibióticos. Tenho medo. Fui até o outro hospital.
«O seu médico não está, senhora. Tem um outro doutor atendendo. Se quiser esperar esses dois pacientes serem atendidos, vejo se ele te encaixa para você fazer a pergunta».
E, quando eu disse que esperaria: «São 100 euros».
Oi?
«Sem autorização do convênio, tenho que cobrar como consulta particular».
Lágrimas.
«Calma, moça, não fica assim…».
Não era a grana. Era o perrengue.
Nervosa, doente, sedada, não tinha a menor condição psicológica de fazer o trâmite todo.
Voltei pra casa, tomei o novo remédio e fui dormir às 7h da noite.
Cansei. Quero meu país.