Feliz año!!!!!!!!!

31/12/2010

Chegamos zumbis a Viena, 6h da manhã.

O albergue só abria às 9h.

Neve. Frio da bexiga.

Entramos num café, pedimos chocolate quente e ali ficamos.

Quando conseguimos deixar as malas no albergue, bora conhecer a cidade.

Vini reclamando que queria dormir e sendo – obviamente – ignorado.

Se estamos aqui, vamos aproveitar, oras.

Era só olhar para as ruas, para o clima, para as luzes. As forças iam sendo renovadas.

Tava rolando um festival maravilhoso de música de todos os tipos e estilos.

Um palco a cada três quarteirões, praticamente. Encantador.

Fomos ao Leopold Museum, um dos mais importantes da Áustria em arte moderna.

Por ali almoçamos, comida chique por pouco $. Dica da Beth, colega querida da Abril.

Perto das 17h30, fomos dar uma mini-dormidinha e tomar banho.

Falei com mamãe. Chorada básica, tentando não entregar o jogo.

Sei que ela também disfarçou a dor da saudade.

Mesmo não vendo a expressão, a gente sente na voz.

Foi uma das partes mais difíceis do ano, eu diria.

Frio de congelar a alma. Neve esporádica. Sobrevivemos à base de vinho quente e umas bebidas à base de frutas e álcool. Sem isso não haveria roupa que suportasse o frio. Nem coração que suportasse a saudade.

Amamos o concerto de Barbara Helfgott e Rondo Vienna. A mulher conseguia agitar a galera com som de violinos, fazendo versões super bacanas de músicas pops como «I will survive». Muito louco.

A festa principal foi na praça da Prefeitura, maravilhosamente iluminada.

Fogos bonitos, mas sem comparação com o Brasil. Nisso damos show.

Brindamos com champagne de latinha, que nem precisou ir para a geladeira.

Muito emocionante e especial essa virada.

Digamos que ela representa um ano também muito emocionante e especial.

Bênção de Deus.

– 13 grados!

30/12/2010

Frio surreal: – 13 graus.

Ao mesmo tempo, a cena linda dos floquinhos caindo pela janela.

Parecem de cristal. Repare bem. Coisa mais perfeita.

Fomos conhecer a Ponte Carlos, a mais famosa de Praga.

516 metros de povo. Lotada, lotada, lotada.

Claro que nos perdemos do Vini e Mari. Passamos 1 hora indo e voltando naquele lugar até nos encontrarmos. Quase morri de hipotermia. Sério. O vento rolava forte de um lado pro outro do rio, e fiquei muito irada de ter que ficar ali congelando. Amarrei o diamante total.

Fomos comer a sopa de alho (melhor do mundo!) para esquentar.

Até mau humor ela cura.

Dali caminhamos muitíssimo, passando pelos lugares famosos: Casa Dançante, Relógio Astronômico, Praça da Cidade Velha, Igreja de São Nicolau.

Fomos também ao supermercado e nos abastecemos de chás e temperos. Nova alegria: colecionar sabores.

Seguimos a indicação do Emil e jantamos num lugar super rústico e bem típico: goulach, batatas deliciosas e linguiça com mostarda. Strudel de maçã de sobremesa. De chorar de alegria.

Pegamos as malas e corremos para a próxima aventura: trem noturno para Viena.

Erramos o vagão, caímos num cafofo para 6 pessoas, sentados de um jeito absurdamente desconfortável para quem passaria as próximas 8 horas de sono naquela posição.

Tinha certeza que compramos leitos, eu pensava.

Perguntei outra vez e disseram que não senhora, era ali mesmo.

Mais de 1h30 de viagem depois, fomos acordados pela tiazinha dos bilhetes. Estávamos no lugar errado. Pega mala, blusa, luvas, cachecol. Gente zonza atravessando mil vagões até chegar no cafofo dos leitos. Extremamente claustrofóbico, mas ao menos iríamos em posição horizontal. Vencidos pelo cansaço, capotamos e nem sonhamos com sardinha enlatada.

Praga encantadora

29/12/2010

Você se sente no Projac – a melhor definição que ouvi sobre a cidade.

Cenográfica, charmosa, romântica, acolhedora.

O frio, de verdade: -10 graus.

Não imaginava o que era isso.

Graças a Deus, fomos preparados: só passamos frio no nariz – a única parte descoberta do corpo.

Foi lindo sair do aeroporto e já ver as ruas cobertas de neve.

Sensação de euforia, tipo borboletas no estômago.

Presente de Deus poder vivenciar momentos tão marcantes e especiais.

Nosso hostel era absurdamente bem localizado e barato – a pessoa que escolheu manda muito bem, obrigada.

Tiramos mil fotos na neve, constatando a real qualidade dos tênis impermeáveis.

Achamos um restaurante de aparência interessante numa área bem turística.

Pegadinha. Disseram que os pratos eram individuais e veio comida para um batalhão.

Se além de cara fosse boa, ok. Mas não. Era bem fraquinha, a coitada da refeição.

Confesso que fiquei com uma raivinha da garçonete. Mentira que eram pratos individuais.

Pega-trouxa, turistona.

Serviu pra ficarmos espertos.

À noite nos separamos: Vini e Mari foram descansar e fui com o I encontrar o Emil.

Olha a novela: Emil trabalhou com o I em Budapeste, nos meses em que morou lá.

Agora está casado, mora em Praga e virou cliente do I.

O último trabalho que o I fez foi para uma cervejaria, cliente da agência do Emil.

Resumindo muito a história, Emil nos convidou para um pub, dentro da tal cervejaria.

Foi legal o reencontro dos dois.

E a esposa dele é uma fofa. Tcheca lindíssima e simpática.

Nos apresentaram uma sopa de alho que mudou minha vida.

Sério, incrível. Com tecos de bacon e croutons.

Regenerou minha saúde ali mesmo.

Isso é o que eu chamo de instantâneo.

De lá, albergue e capuft.

Preparación

28/12/2010

Apresentamos a Decathlon para Vini e Mari.

Tênis impermeáveis, casacos, luvas, polares.

Malas prontas e bora passar frio e ver paisagens inesquecíveis.

Nos próximos 6 dias, se Deus quiser, conheceremos Praga, Viena e Budapeste.

Sonho.

La luz del sol

27/12/2010

Dia frio e ensolarado.

À tardinha fomos buscar o Vini e a Mari no aeroporto.

A vista do trem, com pôr-do-sol, um presente de Deus.

A presença de amigos aqui conosco, também.

:)

Preparativos

26/12/2010

Amanhã chega o Vini, primo do I, com a namorada, Mari.

Vão passar o ano com a gente!

Tiramos o dia para ajeitar tudo, lavar roupas de cama, botar travesseiros e edredons no sol.

Vulgo «faxina’s day».

Dei uma pioradinha no resfriado por ter saído ontem no frio.

A foto-flagrante aí não me deixa mentir.

Morar com um paparazzi tem dessas coisas.

Mas vou melhorar, se Deus quiser.

Sigo firme e forte no antibiótico.

Feliz Navidad!

25/12/2010

Comemoramos assistindo a um concerto no Gran Teatre de Liceu, uma das salas mais famosas de Barcelona.

Alabama Gospel Choir, coral black americano.

Muuuuito bom.

Graças a Deus levantei bem mais disposta. Absurdamente melhor.

Passamos o dia ouvindo músicas natalinas e preparando a nossa ceia.

Não arriscamos fazer nada típico dessa vez.

Queríamos lembrar o gosto de reunião de família, de Brasil, de alegria.

Adequando o pedido ao clima local, resolvemos: FEIJOADA!

Quase todos os amigos foram de volta para seus países.

Tratamos de curtir, então, o Natal em família: Cí & Igor.

Nada de roupas bonitonas. Agasalhos confortáveis.

Sem troca de presentes. Só de abraços e beijos.

Pensei que eu ia chorar, fazer mó escândalo emotivo, pá e tal.

Não.

Percebi que, graças a Deus, estou mais próxima que nunca da minha família.

Tenho ao meu lado um presente maravilhoso, companheiro, amigo, amado.

Esse ano tive o privilégio de conhecer pessoas queridas e inesquecíveis.

Tenho só que estar alegre e dar graças ao Aniversariante por todas essas bênçãos.

E pela maior de todas, que Ele me deu, que é a vida eterna com Ele.

Psico. Lógico.

23/12/2010

Terceiro dia consecutivo com dor de cabeça.

Nariz 70% obstruído e 30% esfolado.

Estômago indo pro saco.

Frio de 7 graus.

Véspera da véspera.

Mal estar geral.

Epidemia

22/12/2010

Ok, a gripe não era brincadeira.

Dor de cabeça firme e forte há 2 dias sem parar.

Nariz escorrendo, corpo dolorido, tosse, irritabilidade.

Vieram resfriado, febre, TPM, Chico, todo mundo junto me desejar boas festas.

Pela primeira vez no ano, tive medo de ser algo mais sério que gripe e usei o convênio.

Em pouco tempo chegava aqui um médico.

Examinou, perguntou, observou, concluiu:

Estamos com uma epidemia aqui na Espanha. Não é só gripe, é um vírus mais forte e por isso vou te dar antibiótico. Em uns três dias você deve estar melhor.

Lá fui eu me dopar e deitar.

Como eu me sinto inútil quando fico doente.

É um peso ficar «em repouso».

Não sei o que é isso.

Comé qui fáiz, doutô?

Sinto que estou perdendo tempo, sinto culpa, sinto mais dor de cabeça ainda.

Dor de cabeça desde cedo, denunciando que aí vem.

Com esse clima, era uma questão de tempo.

«O circo tem palhaço, tem, tem todo dia»…

Abrigado

20/12/2010

Fomos buscar as roupas de frio que faltavam para a nossa viagem.

Digamos que o Igor foi abraçado por um urso assim que chegamos na loja.

Foi amor à primeira vista.

Veio pra casa com ele e algo me diz que nada os separará nos próximos meses.

Culto de Navidad

19/12/2010

Músicas natalinas, crianças vestidas de anjinhos, clima de alegria.

Já é Natal.

Mudando de pato pra ganso, aproveito para dividir um vídeo que curti bastante.

Natal 2.0.

:)

Cena pre-navideña

18/12/2010

Logo cedo, palestra com Toni Romero, responsável pelas traduções das músicas da Hillsong para o espanhol.

Feliz por oportunidades e aprendizados tão bacanas que Deus tem nos dado.

Passamos a tarde inteira cozinhando para a ceia de Natal da igreja.

Resolvemos fazer o famoso pão caseiro, recheado de presunto, queijo e tomate.

Lá, uma muvucona: milhares de pessoas, uma mesa infinita de comidas, muitas risadas.

Bom estar com gente querida.

Cirque du Soleil

17/12/2010

Nunca tínhamos ido e do céu caiu a oportunidade de conhecer o Cirque du Soleil.

Uma amiga avisou que estavam em Barcelona, fui olhar e achei ingressos super baratos.

Espetáculo Varekai.

Fomos Igor e eu, e saímos de casa 1h30 antes para não ter qualquer problema.

Mas quem disse que encontrávamos o bendito circo?

Tínhamos visto o mapa, tudo direitinho, mas a Cíntia insistiu em seguir sua intuição.

– É por ali, tenho certeza.

A intuição nos levou a caminhar quase 40 min. pelo porto, até chegar a um Grande Nada.

Estávamos num lugar tão errado que não tinha nem pessoas a quem pedir informação.

21h50. Voltamos. Frio, frio, frio.

– Vamos perder a entrada, o treco começa às 22h!

Resolvemos andar na direção contrária.

Uma menina nos disse que «achava» que «talvez» fosse «mais ou menos» por ali.

Vimos, ao loooonge um toldo enorme. Parecia ser o tal.

Caminhamos feito loucos. Nem vou mencionar os erros de trajeto próprios de quem está desesperado, tipo subir plataformas intermináveis e só perceber que estão interditadas no meio do caminho.

Chegamos uns 15 min. depois do início, e fomos levados até o primeiro lugar disponível. Tínhamos que ficar ali calados até o intervalo, quando procuraríamos nosso lugar.

Óbvio que eu tinha comprado a entrada mais barata. Ou seja, nossos assentos eram na…

Por isso não entendi quando, no intervalo, nos conduziram até a MELHOR fileira do universo, em frente ao palco, a uns 5 metros de distância do mundo encantado de Soleil.

Vantagem de perder 15 minutos de show?

Ganhar o melhor lugar do mundo para ver as 2h15 restantes de espetáculo. #ficaadica

Mágico e envolvente.