Pan pan pan pan

30/11/2010

Igor cada dia me dá mais motivos para amá-lo.

Segunda que vem é o dia da choradeira, quando a Bel vai de verdade embora.

Ô, coisa difícil.

Por enquanto, estamos fingindo que está tudo bem e fazendo festa.

Thanksgiving

28/11/2010

Nessa semana comemorou-se nos Estados Unidos o Dia de Ação de Graças.

Gosto muito do conceito e falei sobre isso hoje na igreja.

Deveríamos fazer com que todos os nossos dias fossem de Thanksgiving.

Na nossa igreja, lá no Brasil, aconteceu hoje o Culto das Primícias.

Para mim, o culto mais bonito do ano.

As famílias participam cantando, compartilhando alguma experiência marcante, dando um testemunho, enfim, da maneira que quiserem para agradecer a Deus.

Este ano tem sido repleto de bênçãos e de sonhos realizados para nós.

Tínhamos mais é que agradecer.

Igor, Bel e eu preparamos um vídeo e mandamos para lá. Surpresa!

Fiquei feliz em participar, mesmo de longe, desse momento especial.

Gente, o ano voou.

Hoje foi a festa de despedida da turma.

Sim, já.

Ainda nos veremos nas próximas duas semanas, nas apresentações de pré-projeto.

Mas é isso.

Acabou.

Preciso urgente de um tema que me ajude a passar os próximos 6 meses motivada.

Penso em falar de redes sociais com perspectiva de vendas.

Tenho que amadurecer e focar a ideia.

Sugestões são ultra-bienvenidas.

Tortilla #fail

26/11/2010

Voltamos à série «Palmirinha», já em casa outra vez. Rs…

Para o almoço, queríamos fazer algo rápido.

Decidimos imitar a tortilla da María.

Pela primeira vez na vida, nossa comida não funcionou.

Colocamos muita batata.

Ficou massuda. Blargh.

Bruselas

25/11/2010

Frio, tipo muito.

Chuvinha que ia-e-vinha. Grossa, quase neve.

Colocamos toda a roupa possível e fomos conhecer a cidade.

Começamos pelo Atomium, o monumento mais famoso da cidade, que representa um cristal de ferro aumentado 165 bilhões de vezes. Foi construído na década de 50, quando se acreditava que a energia atômica salvaria o mundo. #simeuleioguias

Dali fomos até o Manneken Pis, estatuazinha de um menino mijando que, em teoria, simboliza o espírito independente dos habitantes da cidade. #vaientender

Almoçamos no Groot Eiland, restaurante nada turístico e, por isso, idealmente típico.

Comida BBB: belga, boa e barata.

O único porém foi que, de tão típico, ninguém falava inglês. Só francês.

Perguntei o que era o prato do dia, para ver se facilitava.

A senhora que nos atendeu falou:

«Mmmm… chicken… jdgjsnsafla… dnjksa asg njkaagpekgn… very good!».

Suficiente para nos convencer.

Veio uma sopa de cebola maravilhosa com pãezinhos, e um filé de frango coberto com ratatouille (cenoura, vagem, batata e molho de tomate), acompanhado de purê de batata.

Comemos até explodir, felizes da vida.

Andamos bastante pelo centro da cidade visitando os lugares principais.

Paramos no supermercado para comprar o estoque (obrigatório) de chocolates e queijos.

Na ida até o aeroporto, nevasca.

(Mais fotos no Flickr)

É muita alegria. #obrigadaDeus

Brugges

24/11/2010

5h da manhã o celular avisou: atrasadas!

Levantamos zumbis, arrumamos tudo e corremos para a estação.

O trem sairia às 5:53.

Emoção básica ao errar a plataforma e descobrir 1 minuto antes de o trem sair que o lugar era outro. Corre puxando mala, sobe escada, pula no trem.

Pouco mais de três horas de viagem e estaríamos em Brugges, a cidade mais linda da Bélgica, segundo o tio que nos vendeu a passagem.

Chegamos lá umas quase 10h, não sem antes deixar passar uma estação porque estávamos capotadas. Rolou um xaveco no fiscal e conseguimos convencê-lo a não nos cobrar pela volta desnecessária que demos.

Chuva de verdade, céu fechado. Paciência.

A idéia era apenas passar o dia e não podíamos perder tempo.

Comprei um guarda-chuva e em 10 minutos veio o sol.

Não que não fosse muito bem-vindo, mas pareceu pegadinha.

Assim foi o dia: chuva e sol – algum espanhol devia estar casando por ali. #piadainterna

Cada esquina de Brugges é cenografica.

Tiramos foto até cansar. De tudo. Mais de uma vez.

(Mais fotos no Flickr)

E as chocolaterias, meu Deus? Muito mais de uma por quarteirão.

E caras, para meu desespero.

Comprei um pouquinho, só pra matar a vontade.

Depois de provar, matei foi a pão-durice.

Comprei vários tipos para trazer junto com as boas memórias.

Já de noite, umas 4:30, trem rumo a Bruxelas.

Mas quem disse que tinha algum ponto de informação turistica na estação?

E quem disse que conseguíamos achar o albergue?

Pastamos uma boa horinha andando pelo centro, tentando comprar um mapa. Nada.

Frio de doer os ossos.

Apelamos para o táxi, que ridiculamente andou 4 ruas e nos deixou onde precisavamos.

Fome, fome, fome.

Provamos comida típica belga: carne cozida num molho de cerveja, maciiiiia, com fritas.

Também não podíamos deixar de experimentar uma cerveja da região.

Pedi uma Chimay (vermelha, 7% de álcool) e a Bel uma Westmall (escura).

São cervejas trapistas, fabricadas por (ou sob a supervisão de) monjes trapistas da região.

Forte, mas maravilhoso o sabor.

Passamos suuuuper bem.

Bélgica.

Quem diria…?

Amei.

 

Tour en Ámsterdam

23/11/2010

Café da manhã no albergue e bora fazer um tour pela cidade.

Já tinha pesquisado e encontrado a Sandemans, empresa que oferece roteiros gratuitos pelo mundo. No final, cada um paga, se quiser, quanto achar que valeu o passeio.

Nosso guia era um espanhol maluco cheio de informação e energia.

Foram beeem engraçadas as mais de três horas de caminhada pela cidade.

Vimos as igrejas mais famosas, o bairro dos judeus, a região dos canais, os coffee shops.

Voltaria para essa cidade muitas vezes. É encantadora.

Perto das 4h, quase noite, meus pés congelavam.

Numa loja bacana e barata comprei uma bota forrada de pelúcia. Quaaaanta diferença.

Saí feliz e contente rumo ao mercado de pulgas dos judeus, tipo uma Benedito Calixto.

Vontade de comprar aqueles casacões enormes de pele de urso polar.

Vesti um e me senti a abominavel mulher da neve. Xápralá.

Tentei comprar a geléia da Bakkenrwinkel, onde passamos muuuuito bem da última vez. Para a minha frustração, padaria fechada.

Resolvemos jantar cedo (lasanha!) e madrugar amanhã para a Bélgica.

(Mais fotos no Flickr)

U-hú.

Sentimentos ambíguos às 3h da manhã: euforia pela viagem que faria hoje com a Bel e dor no coração de deixar o I sozinho em casa.

Graças a Deus, o trabalho dele está dando super certo daqui. Por outro lado, não é tão simples ficar 4 dias fora. Então combinamos que desta vez iria só eu, acompanhando a última viagem da Bel por aqui nesse ano que passou voando.

Os destinos: Amsterdã, Brugges e Bruxelas.

Madrugamos para pegar o primeiro vôo e chegamos em Amsterdã por volta das 10h.

Albergue bem no centro, porque quando vim com o I tivemos que andar absurdos.

O que eu não sabia é que estaria localizado bem ao lado da rua das senhoritas que expõem seus corpos como produtos nas vitrines. Sim, a famosa rua…

Aqui a prostituição é legalizada e regulamentada.

As «trabalhadoras» têm registro, direito à assistência social, tudo direitinho.

O mais louco é que o albergue, localizado exatamente ali, era cristão. Todo conceitual, com versículos pelas paredes, reunião diária de oração e Novo Testamento grátis para hóspedes. Faz sentido.

Lamúrias à parte, passamos um dia maravilhoso. Com sol e sem chuva! Presente de Deus.

Bel foi à casa de Anne Frank; resolvi me perder tirando fotos pelos canais.

Dia perfeito para isso, luzinha de fim de tarde. Lindo, lindo.

Quando anoiteceu, por volta das 4h da tarde (!), fomos almo-jantar.

Costelinha de porco, batata, saladinha. #outbackimissyou

Amsterdã é charmosa por natureza, mas nessa época do ano, já no clima de Natal, é apaixonante, arrebatadora, quase cruel. Ruas enfeitadas, luzinhas, ah… Amo.

E aqui sim o Papai Noel pode sair de gorro e casaco de pele.

Não sei a quantos graus estávamos hoje, mas seguramente não a muito mais de 4.

Congelei os pés, e olha que estava de meia-calça e meia de esqui por cima.

Finalmente entendi a expressão «frio de doer».

Mas foi uma dorzinha alegre, confesso.

Convidamos a María para ir à igreja.

Ela foi, toda arrumadinha e emocionada.

Na hora do almoço, fez questão de trazer coisas para comermos juntos.

Vieram almôndegas no molho com grão de bico, peixinhos fritos, pão com tomate.

Até um flan de sobremesa ela tinha preparado.

Tarde gostosa e engraçadíssima.

De repente, Bel tem a genial ideia de pedir à María que nos ensinasse a fazer tortilla.

Pois fazemos hoje mesmo, ela prontamente aceitou.

Não era bem isso que esperávamos…

Bel e eu viajamos amanhã, temos mil coisas para arrumar.

Tentei transferir para a próxima semana. Não rolou.

20h em ponto, campainha.

María aparece com todos os ingredientes: batata, cebola e ovo.

Deixei a educação de lado e continuei arrumando a mala.

Bel fez o papel de aluna, dessa vez.

A tortilla ficou maravilhosa.

E María, contente e orgulhosa.

Bom fazer pessoas felizes.

Mas fomos dormir 1h da manhã para levantar às 3h…

Marcos Vidal

20/11/2010

Concerto bacana e lotadésimo do Marcos Vidal.

Letras profundas e melodias lindas como esta:

El payaso

Era capaz de hacer a un niño reír sin parar,
tenía ocurrencias tan geniales, solo él era capaz.
La cara pintada de colores y en la mano un violín,
que sonaba más o menos pero hacía reír.
Y el caso es que en el fondo era un infeliz,
le parecía ridículo pintarse la nariz,
lucía mucho más un salto mortal
y él quería ser equilibrista
y oír sobre la pista ovaciones
en vez de tanto reír.

Nunca supo asumir su posición, sin darse cuenta
que hacía feliz a tantos en su papel de cenicienta.
Que si un día faltase en el circo llegaría a su fin
que nunca sería el mismo sin su violín.
Pero él seguía empeñado en ser infeliz,
se veía tan ridículo pintada la nariz,
soñaba todavía con el trapecio,
pretendía ser equilibrista
y oír sobre la pista ovaciones
en vez de tanto reír.

Fue una mañana blanca, invernal, tras el ensayo,
no pudo resistirlo mas, se subió en el travesaño,
y al verse en la altura
sintió subirle el vértigo hasta la nuez,
y no habían puesto mallas la ultima vez…
apenas sintió nada cuando cayó,
el domador, que regresaba, fue el primero que le vió.
Logro salvar la vida y un mes más tarde le dijeron:
‘Todo ha terminado, el circo ha cerrado,
ya no venían niños a la función.’

Hoy vive retirado en algún lugar, en las afueras,
pegado día y noche a su silla de ruedas,
parece que ha terminado aceptándose por fin,
que incluso algunas veces toca el violín.
Diez niños le visitan y le hacen feliz,
cuando les ve llegar a lo lejos, se pinta la nariz.
Y cuando alguno se burla con desprecio, él contesta:
‘Sería un miserable, sería yo el culpable,
si no cumpliese la misión que recibí.
Porque aunque fui un fracaso,
soy de profesión payaso,
no me juzgues mal, Dios me hizo así’

Gestão do conhecimento.

Papo meio RH.

Bom também, mas faltou aplicação à web.

Tô ficando chatinha.

TPM se aproxima.

 

Paella de María

18/11/2010

Eu tento evitar, mas a culinária me persegue como tema para o blog.

Hoje é a vez da famosérrima PAELLA.

Seria uma vergonha ter morado um ano na Espanha e não ter aprendido como se faz.

Fui a uma fonte extremamente confiável para que me ensinasse: María, nossa vizinha.

Ela, fofa, foi didática e me mostrou todos os detalhes.

Como sou legal (e quero manter meus amigos), divido aqui os segredos.

Tudo começa pela compra dos ingredientes: melhor se forem frescos.

Bora para o mercado em busca de enormes camarões, lulas, mariscos.

Foi praticamente um assalto. Muitos euros o quilo.

Mas tive vergonha de dizer para a tia que eu queria uma paella modesta.

Tudo bem. Se é para aprender, que seja direito.

Quando ela perguntou se eu queria também colocar coelho, cogitei o arrependimento.

Com jogo de cintura invejável, disse que preferia uma paella só de pescados. Típica.

Confesso que, meio em choque, não coloquei a mão na massa.

Dei uma de aluna-ouvinte. No máximo, fotógrafa.

Bom demais para a primeira experiência «fresca» com frutos do mar.

É um tal de corta lula pra cá, limpa mexilhão pra lá.

Mil segredos.

O camarão, por exemplo, só leva sal e fica ali descansando.

Os grandes são «enfeite». Compramos 3 por pessoa.

A sépia (lula), tem que ser bem lavada e depois cortada em tecos. Mas não toda. Tem uma parte do corpo meio nojenta onde fica a tinta que vai para a panela inteira, até soltar o líquido. Só depois é picotada. Mas, calma, chegaremos lá.

A quantidade? Uma lula inteira, tamanho M.

Também poderíamos ter usado uns 500 gramas de camarões pequenos.

Fritamos os camarões em bastante azeite. Reservamos.

No mesmo azeite, douramos uma cebola e quatro dentes de alho em pedacinhos.

Acrescentamos um tomate sem pele cortado em tecos pequenos. Bem de qualquer jeito.

E já podemos juntar a lula, mexendo até a parte nojenta soltar todo o líquido bege escuro.

Nesse momento, podemos cortá-la em pedaços também e continuar fritando.

Lenta e pacientemente.

Em paralelo, lidamos com os mexilhões (300 gr). Precisam ser limpos (raspamos com uma faquinha e tiramos os fiapos que vem grudados, diretamente do fundo do mar).

Processo não muito bonito, mas necessário.

Depois, colocamos numa panela tampada (sem água!) e deixamos ferver.

Sim, eles mesmos soltarão água e, quando uma espuma aparecer, podemos apagar o fogo.

É quase um susto que se dá neles, só para que as conchas se abram.

Descartamos a parte de cima das conchas e deixamos as metadinhas separadas.

Truque importante: pegar essa água que os mexilhões soltam, coar, e jogar na panela.

Vai dar um gostinho todo especial para a paella – explica María.

Quando percebemos que o fritadão tá nesse ponto da foto abaixo, acrescentamos mais ou menos um litro de caldo de peixe. (Detalhe: o processo de preparação desse caldo é um tanto quanto medonho – envolve cozinhar cabeças de peixe – e, graças a Deus, María nos poupou da tortura e já o trouxe pronto).

A próxima fase é acrescentar o arroz (daqueles gordinhos, próprios para paella).

Dois punhados por pessoa.

Essas quantidades que comentamos servem quatro pessoas não muito famintas.

Aí é só administrar o ponto do arroz.

Não pode ficar molenga. Não pode secar.

Se precisar, é só ir colocando mais caldo.

Quando estiver já quase pronto, acrescentamos os camarões e os mexilhões.

Deixamos descansar poucos minutinhos (só o tempo de abrir o vinho branco).

E, felizes da vida, saboreamos a típica paella da María.

Menção honrosa para Igor e Isabel, que esconderam a lula dentro das conchas vazias de mexilhão e fingiram comer tudo direitinho.

Eu, amante de frutos do mar, a-do-rei.

Girona

17/11/2010

Bel e eu levantamos cedo e fomos conhecer Girona.

1 hora e meia de trem e estávamos lá.

Centro histórico, uma graça: muralha, catedral, jardins, rio, ruelinhas, bairro judeu.

Para ajudar, o charme das árvores de folhas secas e amareladas.

Ando apaixonada pelo outono.

Dia gostoso ali.

(Mais fotos da cidade no Flickr).

Montjuic

16/11/2010

Outono lindo, ensolarado e frio.

Dia de tirar fotos no Montjuic.

(Clique na imagem para ver algumas).