Colapso nervioso

16/10/2010

Aula de manhã. Direito e legislação. Alguém me tira daqui!

Um frio da bexiga. Já chegou o inverno. E fui mal agasalhada.

Sabe quando você sente que a gripe tá te abraçando, tenta se livrar e não consegue?

Pois então. Já era. Nariz já começou a derreter.

Aula de canto super boa, avançando. De teclado nem tanto. Preciso estudar.

A verdade é que estou com a cabeça em outras (mil) coisas.

Hormônios completamente desregulados por causa do anticoncepcional. O corpo dói.

E marquei uma festa para o I amanhã.

E prometi fazer coxinha pra um batalhão.

E temos que fazer faxina.

E desfazer mil malas.

E lavar duas mil roupas.

Chilique psicótico.

Sou absurdamente grata a Deus pela vida do I.

Pela alegria contagiante.

Pelo coração no lugar certo.

Pelo ponto de vista que me ensina.

Pela paciência interminável.

Pelo carisma que conquista a todos.

Pelo sorriso que me conquista cada manhã.

Uma coisa te peço, Senhor, hoje: que possam ser muitas as manhãs.

Low cost

14/10/2010

Dia de conhecer a parte comercial de «baixa renda» do Dublin.

Aproveitei para atualizar o álbum de «tendências» lá do Orkut. Cada figura…

Fomos para a parte onde estão as lojas de marcas mais baratas e quase desmaiei ao encontrar uma Primark com outro nome. Socorro. Não cabe mais na-da na mala. Mesmo assim, tivemos que dar um jeito porque um casaco apaixonante quis porque quis vir junto pra casa.

Comemos o tradicional «fish & chips», que realmente é muuuuito bom.

Dali, corremos para o aeroporto, e fizemos de novo todo o processo de rearranjo de roupas, casacos, carregadores, etc. Dessa vez implicaram mais que nunca, mas no fim das contas, tudo certo.

Chegamos mortos em Barcelona.

Erramos o ônibus, fomos parar sei lá onde, uma aventura gerada pelo cansaço.

Mas COMO valeu a pena…

Amazing…

13/10/2010

Estreei o cachecol novo, feito pelo meu irmão. Lindo, falaí.

O dia foi de bater perna: Dublin Castle, Christ Church Cathedral, Irish Museum of Modern Art. E, claro, a famosa fábrica da cerveja Guinness…

Engraçado… depois disso não lembro muito bem o que fizemos.

(Hahahaha. Brincadeira).

Descobrimos um esquema show de bola, uma espécie de lanche self-service.

Você vai falando que ingredientes quer no seu pão, e paga de acordo com o que escolher.

O meu foi de presunto, queijo feta, alho poró, tomate e rúcula.

O do Igor, de presunto, ovo cozido, alface, tomate, cebola, maionese.

In-crí-veis. Altamente recomendáveis.

Tô achando que precisaremos de um tempo a mais nessa cidade…

Dublin!

12/10/2010

Perrengue logo de manhã.

Despachamos uma mala, mas lógico que as outras estavam com excesso de peso.

Não tivemos dúvidas: vamos transferir o peso das malas para nossos corpos!

Tratei de colocar muitas blusas, vários cachecóis, meu casaco, e a jaqueta do I por cima.

Igor se encheu de carregadores de celular e de computador nos bolsos. Quase rolei de rir.

No fim, tudo certo.

Já em Dublin, climinha frio e meio medieval. Romântico.

Inspirados pelo sol lindo lá fora, trocamos de roupa e saímos.

No meio do caminho, um mercado: pão, patê de frango e queijo. Hummm.

Depois de comer, colocamos mais agasalhos e já saímos outra vez.

Se temos três dias, que sejam bem aproveitados!

Paramos num tradicional pub e ficamos filosofando horas.

(Tão bom conversar com o I…).

Saímos quando percebemos que éramos os últimos clientes.

Procuramos outro e demos sorte: um quarteto de jazz estava fazendo um som ao vivo.

Os caras tocavam demais. Aplaudíamos de todo o coração.

– Mais uma Guinness, please!, disse a garota que não gostava de cerveja.

Sabe o paraíso? Primark.

Bendita hora em que resolvemos ir para essa loja.

Não consigo descrever o tamanho daquele lugar maravilhoso. Monstruoso. Gigante.

Estava tão encantada que esqueci de tirar foto.

Tem uma parte só de meias-calças. Uma área de bijouterias. Outra de pijamas e lingeries. Galerias de sapatos. Um setor mais formalzinho. Quadrantes inteiros de casacos, onde fiz a festa (ok, na verdade, fiz a festa em todas as áreas).

Mas não fui sozinha, não.

Digamos que o senhor meu marido se deu super bem: saiu com blazer esportivo, camisas de flanela, milhares de camisetas, sapatênis, cachecóis, bolsa.

Eu também não deixei barato: botas, casacos, blusas, colares, pulseiras, meias, shortinhos.

Sim, tudo no plural.

Pé na jaca.

O melhor de tudo é ver a conta e pensar que com a mesma grana no Brasil compraríamos, cada um, no máximo, 2 casacos na C&A. #lookgoodpayless #campanhaprimarknobrasil

Foram 4 horas e meia de muita alegria ali dentro.

A parte cruel: viemos de Ryanair, companhia aérea que te permite levar, no máximo, uma bagagem de mão dentro dos padrões blá-blá-blá. Não encaixou? Despache a mala e pague.

Nossas roupas não só não caberiam no padrão como não entrariam nas próprias malas!

Claro que compramos uma qualquer e amanhã vamos despachar, felizes e modernos.

O jantar foi na Elaine. Não nos víamos há bastante tempo, e foi gostoso perceber que tempo e distância não afetam laços. De quebra, aprendi truques de como preparar comida chinesa com o chef Phill, seu marido. Momentos divertidíssimos.

Oxford Street

10/10/2010

Manhã especial.

Em pleno centro de Londres, fui encontrar a queridíssima Yara.

Não, ela não mora lá. É de SP, trabalhávamos na mesma «firma».

Yara é um daqueles seres únicos, sabe? Amo muito.

Deu uma dorzinha no coração falar tchau.

Mas é «até logo», então tá bom.

Depois, passeio pela Oxford Street, uma das ruas mais famosas do mundo para compras.

Perdição. Per-di-ção. PER-DI-ÇÃÃÃO. #queromorarnessaruaprasempre

Depois de uma pizza «básica», voltamos pra casa.

Eu tinha trabalho para entregar e queria levantar cedo, porque a meta de amanhã é ir à Primark. E que Deus me ajude a não falir.

Hoje a mensagem mais marcante foi a do Pastor Jentezen Franklin.

Ele citou uma frase do célebre jogador de beisebol Satchel Paige:

«Work live you don’t need the money;
Dance like nobody’s watching;
Love like you’ve never been hurt.»

Trabalhar como se não precisasse da grana até que é possível, se você curte o que faz.

Dançar como se ninguém estivesse olhando… tenho uns amigos que conseguem fácil.

Agora… amar como se nunca tivéssemos sido machucados é cruel.

Mas essa é uma verdade bíblica: «o amor nunca falha» (I Cor. 13:8).

Fica a reflexão e o desafio de amar as pessoas.

Como Deus nos ama, apesar de nós.

Pode levar um mês ou uma vida, mas a estratégia de AMAR nunca falha.

Ele garante.

Privilégio participar dessa Conferência, em todos os sentidos.

Pena que acabou.

Fomos caminhar à noite pela cidade.

Super reflexivos, motivados, felizes…

… e inspirados: num surto, resolvemos provar comida indiana.

Olhamos a plaquinha do restaurante, tava cheio, parecia bacana.

Estranho… uma chinesa abriu a porta e nos levou até a mesa.

E as pessoas comiam com palitinhos!

Lógico que o restaurante indiano era o do lado.

Já que estávamos ali, encaramos o xing-ling.

Apimentaaaado, mas bem bom.

Passamos o dia no O2 Arena, ginásio para 23 mil pessoas onde foi o evento.

Dentre as várias mensagens que nos impactaram, uma foi especialmente marcante:

O pastor Judah Smith falou sobre «O outro lado».

Todo mundo está caminhando para algum objetivo, saindo de um lado e indo para o outro.

Manja quando as crianças ficam perguntando, no meio de uma viagem: ‘Já chegamos’?

Nós também perguntamos pra Deus a mesma coisa, não?

Por que não chegamos logo onde tanto desejamos? Porque demora tanto?

Já fizemos tudo o que sabíamos fazer no trajeto. E agora?

Vivemos numa cultura de metas, objetivos, conquistas, vitórias.

Mas ninguém fala do «enquanto isso» ou do «trajeto».

Como, então, a gente chega lá?

E se não temos mais forças, se não sabemos mais pra onde correr?

Quando os discípulos de Jesus enfrentaram uma tempestade em alto mar, rolou uma ansiedade geral. Ninguém sabia o que fazer para evitar o naufrágio.

Mas Jesus parecia tranquilo. Claro, logo mais Ele mesmo acalmaria o mar.

O que os discípulos fizeram, então, para chegar ao outro lado?

Simplesmente permaneceram no barco.

E Jesus, que estava com eles, fez o resto. Na hora certa.

Sabe aquelas noites em que a gente, criança, dorme no sofá e acorda na nossa cama?

A sensação é de susto. Tipo: ‘Como eu vim parar aqui?’.

O relacionamento com Deus é assim também: quando estamos sem forças, cansados, desanimados, tudo o que precisamos fazer é confiar.

Ele, como Pai, vai nos carregar no colo e nos levar pessoalmente ao outro lado.

Só precisamos permanecer no barco.

London Eye

07/10/2010

Eu disse que falaria do albergue. Falemos, pois.

(Se não tiver com paciência, pule o parágrafo abaixo. Não vai perder nada).

A verba era pequena, então a frescurite também. Quarto duplo, banheiro compartilhado. Até aí, dava para encarar. O problema é que a entrada e a saída do albergue era por uma espécie de escada de incêndio, do lado de fora. Por quê? A frente era um pub que ficava fechado o dia todo. E durante a noite, quando a luz de todo o andar se apagava repentinamente ou a internet não funcionava direito, não podiam ir lá ver qual o problema, porque o único funcionário da bagaça estava ocupado, servindo bebidas e administrando o caixa no bar. Se isso fosse tudo, ainda vai. Mas a tal internet só funcionava no fiiiiiim do corredor. E eu tinha trabalhos para fazer on-line e entregar essa semana. Passei horas num canto com o computador no colo, esperando pacientemente cada página carregar. E tudo isso seria sussa se o albergue não fosse no fim do mundo. Longe de tudo, numa área meio afastada, tipo subúrbio, sei lá. Mas tá ótimo. A verdade é que estar em Londres é um priviégio e não viemos aqui para reclamar. Chega de lamúrias.

Levantamos cedo e fomos para o London Eye, roda gigante GIGANTE. Visão panorâmica.

De lá, rota turística básica: Palácio de Buckinhan, Hyde Park, National History Museum.

À noite, abertura da Hillsong Conference Europe 2010, razão principal de estarmos aqui.

Desde a saída do metrô havia gente nos dando empolgadíssimas boas vindas.

Show em todos os sentidos: organização, conceito, palavras, música, impacto.

Os próximos dois dias prometem.

Great!

06/10/2010

Sono interrompido pelo despertador alucinado.

3 horas não tinham sido suficientes para descansar, mas partimos felizes rumo a Girona, onde pegaríamos o avião para Londres (quer economizar, dá nisso: madrugada, 1h de busão e, só depois, avião de procedência duvidosa para o destino, sem assento numerado).

Nada disso era importante. Depois de 3 horinhas estávamos lá, contentes, na tal fila do visto.

Você preenche um papel, olham para sua cara, perguntam o que vai fazer lá, por quanto tempo, e pronto. Welcome to London!

Sonho com essa viagem há uns 10 anos. Culpa da Silvia, que me deixou com vontade. Pena não conseguirmos nos encontrar lá. Há poucos dias ela voltou para Sampa.

Anyway, ali estávamos. De cara, descobrimos como é caro o transporte nessa cidade. Custa 5,60 libras o cartão que te permite andar em qualquer transporte público o dia inteiro. Compramos logo um que valia para a semana toda. Fazer o quê? A pé não rolaria.

Londres é grande e cinza. Mas tem um charme que não consigo explicar de onde vem.

Talvez dos parques, do Tâmisa, do vermelho dos ônibus e cabines telefônicas…

Quando criança, eu tinha um quebra-cabeça daqueles de milhões de pecinhas que formava a imagem do Big Ben. Nunca consegui a santa paciência necessária para terminar. Mas idealizava ver aquele relogião inteiro. Bem emocionante estar ali.

Tanto que nos esquecemos de almoçar. Quando vimos, tinha anoitecido.

Entramos num dos tradicionais pubs, ficamos um tempo sentados até que descobrimos que não, eles não vêm te atender na mesa. Quer comer? Vai lá no balcão e pede, ué. Óbvio.

Bem bom.

Já com frio e com (muito) sono, fomos para o nosso albergue, que amanhã merecerá um parágrafo à parte.

Here we go!

05/10/2010

Confesso: levantei o mais tarde que consegui, para ver se o dia passava mais rápido. Só que o senso de responsabilidade e a ansiedade não deixaram o sono ir muito longe, não.

Muita roupa pra lavar: de cama, de mesa, de banho, de corpo.

Queria abastecer a geladeira com coisas que o I gosta. E fazer bolo de maçã.

Logo já era hora de, pela terceira e última vez no ano, buscá-lo no aeroporto.

Já passei bons momentos aqui, mas a hora do abraço na chegada é sempre emocionante, sempre desejada, sempre reconfortadora.

Dessa vez não foi diferente. Tudo nos conformes.

Chegamos em casa e começou a festa dos presentes e encomendas.

Mã, brigada pelo contrabando de coisas gostosas e/ou necessárias. Uma das que eu encomendei, o anticoncepcional para os próximos 6 meses, minha mãe disse que só mandaria para o trimeste. “Já tá bom”, ela disse com uma risadinha abusada que eu não lembro de ter visto antes. Brincou, mas mandou direitinho. Hihihi.

Sogrinha, obrigada também! Sempre acerta, essa Marlene. Alguém já disse que ela tem um quê de adivinha. Cada vez duvido menos.

A maior surpresa foi o presente que ganhei do Bru: um cachecol feito por ele! Mal acreditei. Lindo, charmosinho, fofo. Aposto que se não tivesse sido ele o criador do apetrecho, ia olhar e dizer: “Tem certeza que você usar isso?”. Saudades. Já mostrarei como é lindo, usando-o nas próximas fotos.

Também morri de alegria ao receber um carinho imenso do povo da Abril Coleções. Usaram o Igor de correio para mandar um livro-CD da Coleção do Chico Buarque, e lotaram a caixa de recadinhos queriiiiiidos. Todo mundo escreveu coisas bacanas: das mais emotivas às mais fanfarronas, incluindo a piada interna da couve. Chorei, lógico.

Ai, ai.

Depois de um jantar gostoso com Bel e seus amigos Deisi, e Chu (que acabavam de chegar de Paris), fomos arrumar malas.

Em menos de 3h estaríamos outra vez no aeroporto, rumo a Londres. Uhu!

Ansiedad

04/10/2010

Carreteiro está virando especialidade da casa.

Mas hoje quem fez fui euzinha, aprendiz de gaúcha.

O sotaque, segundo meu irmão, bahhh… já está perfeito.

Fiquei acordada até altíssimas horas.

Às 3h da manhã fui tomar uma taça de vinho para ver se dormia.

Chamam isso de ansiedade.

#chegalogoterça #voeportodoomarevolteaquipromeupeito

Fiesta del cielo

03/10/2010

Literalmente, festa no céu.

Tivemos hoje um culto restaurador, do jeito que eu (e muita gente) precisava.

No louvor, só piano e uma voz.

Estávamos ali sem a responsabilidade de tocar, e sim de desfrutar da presença de Deus.

O pastor falou sobre o Salmo 42:

«(…) Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele que é o meu socorro, e o meu Deus».

No final do culto eu estava muito feliz.

Me senti restaurada, com ânimo novo, cheia de paz.

Dali fomos presenciar outra festa no céu: uma apresentação de aviões na praia.

Coisa linda, também.

(Mais fotos no Flickr).

Estudio 1

02/10/2010

Dia de matérias sobre legislação. #queriasumir #deficitdeatenção

No Canzión, aula ótima de canto e excelente de piano. Como eu vou viver sem isso?

De lá, corri para o evento que a galera organizou para adolescentes: Estudio 1.

Foi no salão de um hotel, com luzes negras, gelo seco e molecada esparramada pelo chão.

Esquetes, vídeos engraçados, teatro, música, brincadeiras de roda, Palavra.

Divertido. Deu vontade de voltar aos 15, 16…

A banda que se formou para tocar era de uma qualidade e sintonia impressionantes, apesar de não nos conhecermos. Dois teclados, bateria, guitarra, violão, baixo, vozes. Ensaiamos menos de 1 hora antes do evento e tudo saiu redondo. Baita privilégio participar com esse povo. Todos queridos. Faltou só um sax…