El tren de las onze…

18/08/2010

Cadaqués é o nome da cidade que, por vários motivos, ficará para sempre na minha memória. Levantamos cedo para conhecer essa praia da Costa Brava, litoral norte da Catalunya.

Todos os moradores do sul da França e do norte da Espanha tiveram a mesma ideia.

E assim o trajeto de trem + ônibus que duraria 3 horas levou 5.

Até aí, tudo bem. Férias. Espírito de aventura.

Passamos um dia maravilhoso, fizemos piquenique no alto de um morro com uma vista incrível, dormimos no solzinho, visitamos a parte histórica. Só alegria.

Veja as fotos e logo eu continuo a história…

(Veja várias outras fotos aqui)

Teria sido perfeito se não fosse um porém.

Perdemos o último trem de volta e ficamos «ilhados» em Figueires, a cidade onde faríamos a «baldeação» para Barcelona.

Com roupa de praia, cheiro de praia.

Sem comida, sem condições de gastar uma fortuna só para passar a noite, sem esperança de conseguir voltar pra casa ainda naquele dia.

Isabel e Igor levaram umas duas horas para entender que sim, passaríamos a noite ali.

Caminhamos até o centro, procurando um bar ou restaurante que ficasse aberto.

Numa quarta-feira, no meio do nada? Ha-ha-ha. Sem chance.

Quando não imaginávamos que a coisa podia piorar, começou a chover.

O negócio estava ficando macabro. Ouvimos uns tambores.

Parece piada.

Era uma coisa medonha, estranha, assustadora: uma apresentação de uns índios. Sei lá.

Tive que filmar para não acharem que era exagero (em breve colocarei o link).

Corremos dali e achamos um restaurante bem bonitinho, com mesas cobertas.

Estava fechando.

Um abençoado garçom nos indicou um bar que ficava aberto até tarde.

O tal bar era um café maravilhoso, com jazz ao vivo.

E vimos luz em meio às trevas.

Ficamos ali quentinhos curtindo boa música até 3h da manhã, quando o bar fechou.

A saída foi procurar a rodoviária e (tentar) dormir.

No frio, com cangas molhadas como cobertores, no banco metálico da rodoviária.

5h45 saiu o primeiro trem para Barcelona e nele, três zumbis agradecidos ao bom Deus pela cama que os abraçaria, consoladora, duas longas horas depois.

2 Responses to “El tren de las onze…”

  1. Marlene Says:

    Depois de ter visto fotos tão lindas começo a ficar preocupada…Acho que ITANHAÉM ficara muito feia e sem graça…Ai, meu Deus!!! O que preciso fazer para tornar a casa minimamente interessante?

    • cintiasantana Says:

      Marlene, Marlene.
      Quantas vezes eu vou precisar dizer que quanto mais conhecemos lugares bonitos, mais valorizamos aquilo que temos? Itanhaem não tem a praia mais linda do mundo, mas tem uma das duas famílias que mais amamos no universo. E por mais que vocês se esforcem bastante, o que nos faz querer ir lá para sempre não é (só) o churrasco, não é a piscina, nem as guloseimas maravilhosas, ou o quarto perfeito… É a alegria que experimentamos juntos em qualquer lugar onde estejamos em família…


Deja un comentario