Falta poco…

31/08/2010

Pré-saudades.

Las pitangas

30/08/2010

Dia de arrumar mala.

Igor vai fazer bate-e-volta no Brasil.

Mês difícil.

Mas não soframos por antecipação.

Deixemos para chorar as pitangas na quarta.

Tendencias Kinder

29/08/2010

Voltamos pra casa e passei o dia tentando atualizar a vida online.

Não consegui, óbvio.

Tô com a cabeça em Amsterdã, aquela cidade charmosa habitada por gigantes lindos.

Aliás, impressionante como nos sentíamos baixinhos ali.

Vira-e-mexe passava um mulherão maior que o Igor.

Contamos, aliás, duas ou três que me paqueraram (?!?).

Mas, enfim, só gente bonita e estilosa.

E as crianças, meu Deus?

Fazer casting ali é a coisa mais fácil do mundo.

Tanto que tive de registrar algumas «tendências-kinder».

Vontade de morder.

E como o evento de ontem deveria se chamar Festival de Tendências Bizarras, coloquei também algumas de gente grande «estilosa» no Orkut.

Festival Uitmarkt

28/08/2010

Surpresa especialíssima no último dia em Amsterdã: estava rolando o Festival Uitmarkt, o maior evento cultural do país, que reúne na cidade mais de 500 mil pessoas.

Durante os três dias de evento, Amsterdã se enche de atrações culturais: música, teatro, dança, atividades para todos os gostos e idades. Tudo gratuito.

Deslumbrados de alegria, Igor e eu aproveitamos horrores.

Café da manhã reforçado e bora perambular por teatros e praças.

O primeiro concerto: Pow Ensemble. Estranha gente que mistura computadores e instrumentos clássicos para fazer «música». Irreverente, no mínimo. A sensação foi de um quase desconforto auditivo. Dadaísmo pós-Moderno.

A segunda atração: Alice in Cartoonland, curta de 1925, do fantástico Walt Disney. O encanto estava no pianista, que fazia a trilha sonora ao vivo. Dei um dos aplausos mais sinceros e profundos da minha vida para o cara.

A próxima apresentação foi nada menos que a Neederlands Fluitorkest, orquestra de flautas completíssima. Tocaram do clássico ao tango. Foi no Concertgebouw, a «Sala São Paulo de Amsterdã». Finésimo.

Por último, teatro/dança alternativos com o grupo I like to watch too. Sem pé nem cabeça.

Experiência fantástica, no geral.

Fora o clima, o conceito, a energia…

… e o óculos que ganhei de brinde (Bru, não me zoa, vai).


Gouda y Rotterdam

27/08/2010

Se eu fosse um bicho de desenho animado, seria um rato.

(Sim, em desenho animado, porque de verdade é bem nojento).

E viveria dentro de uma grande bola de queijo, daqueles bem furadões.

Dito isso, posso contar que fomos visitar Gouda, a uns 30 minutos de Amsterdã.

Realizei mais um sonho: conhecer a cidade que deu nome ao melhor queijo do mundo.

Para minha surpresa, o lugar era, além de tudo, charmoso.

Quase chorei de alegria.

Sem um pingo de exagero:

É, tinha Ferrari e Alfa Romeo no meio da praça, esperando a noiva sair da igreja.

(Ver mais fotos de Gouda)

Almoçamos no Grand Café Central, outro charme de lugar.

Sanduíche Hawai: pão, queijo, presunto, abacaxi e mais queijo gratinado.

(Por favor, alguém me paga para visitar lugares incríveis, comer comidas fantásticas e escrever sobre isso depois?).

Partimos para Rotterdam, mais 30 minutos de trem. Segunda maior cidade da Holanda, super moderna, referência em arquitetura, maior porto marítimo da Europa.

Mais urbana, não menos bonita.

(Ver mais fotos de Rotterdam)

Voltamos absurdamente felizes pelo dia inesquecível.

Linda até debaixo d’água, Amsterdã.

Choveu de verdade, o dia todo, pra valer.

Guarda-chuvas a postos, fomos direto para o centro ver as praças principais: Dam, Spui e Nieuwmarkt.

Deixei o Igor num mundo encantado de games e filmes que ele achou e fui caminhar.

Visitar a cidade dos seus sonhos com chuva é muito frustrante.

Cadê os canais iluminados pelo sol? E as flores?

Confesso que, por uns instantes, estava triste, desanimada, irritada.

Mas durou pouco. Eu tinha mais é que agradecer pelo privilégio de estar aqui e aproveitar tudo, o máximo possível.

Na busca de um lugar para comer, só achávamos Coffee Shops, o famosos bares de paredes marrons onde se vendem, além de bebidas, drogas «em pequena quantidade para consumo próprio». Lotados. Não era bem o que buscávamos…

Acabamos caindo num golpe de pagar 5 euros por um prato minúsculo de massa.

Encaramos uma fila gigantesca para entrar na Casa de Anne Frank. Aquela, do livro. A casa é o lugar onde ela e sua família se refugiaram durante os anos da Segunda Guerra em que os nazistas perseguiam judeus na Holanda. Hoje o lugar é um museu, mas permanece exatamente da maneira como ela descreve em seu diário. Perturbador.

Só depois do choque de realidade, resolvi parar de reclamar. Da chuva e da vida.

Caminhamos, no total, uns 10,5 quilômetros, entre canais e ruelas charmosos.

Felizes e gratos.

Em «casa», noite com queijos (per-fei-tos) e vinho.

ALERTA: o risco de queremos morar aqui para sempre é altíssimo.

Seguimos a dica do Guia e nos demos bem: o De Bakkerswinkel, onde fomos tomar café da manhã, era o auge do charme.

Sabe aquele lugar que parece casa de vó? O próprio.

Geléias incríveis de morango, limão, damasco e maracujá em casa mesa.

Chocolate quente com tecos de chocolate ao leite – literalmente.

Tudo fofo. Tudo gostoso.

E o melhor: BEM mais barato que o café do hotel, que sabiamente dispensamos.

De lá, fomos ao Mercado ao ar livre, vulgo Feira.

Igor achou um daqueles «achados» bem bons: casacão forrado por um preço camarada.

Resolveu sua vida nesses dias e em outros muitos invernos que, se Deus quiser, virão.

Pirei vendo as barraquinhas com mil tipos de queijo.

Dava vontade de morar ali dentro, rata que sou.

Depois de mais de meia hora de fila, Museu Van Gogh.

Muito talentoso, esse Vincent.

O mais interessante é que ele não apenas fazia os quadros, mas escrevia cartas ao seu irmão Theo e dividia ideias de pinturas, explicava o que estava por trás de cada obra. Então, além dos quadros, há uma rica descrição de tudo o que passava na cabeça do maluco. Genial. Passei a admirar ainda mais absurdamente o cara.

Tanto que tive de comprar adesivos de girassol para nossa casa.

Vão pra janela da varanda, graciosos.

Almoçamos costelas. Igor feliz que nem criança.

Aproveitamos o solzinho para tirar fotos. Todo lugar era cenário.

E, para não passar frio de novo, corri para comprar uma blusa de lã que – repare – estará em todas as fotos.

Mais uma vez convencidos pelo Guia, fomos provar a melhor torta de maçã com sorvete de vanila de Amsterdã. A quem possa interessar, o nome do Café é Villa Zeezicht, e fica no seguinte endereço, à beira do Rio Singel: 7 Torensteeg, Centrum.

Ali mesmo condecoramos o Guia como nosso melhor amigo nos próximos dias.

I AMsterdam.

24/08/2010

Calor absurdo. Tipo sensação térmica de 40 graus.

Levanta cedo, arruma a mala, toma banho.

– Ci, você vai levar calça?

– Acho que só uma jeans, por desencargo… E você?

– Xô ver a previsão do tempo… Mínima 13 e máxima 17 graus.

– Magiiina! Com esse calor que tá aqui?

– É, deve estar errado.

– Leva uma jeans e boa, acho que resolve.

E bora para Amsterdã.

Realização de um SONHO.

Aterrizamos e a primeira constatação: era real a previsão.

Muito vento e 15 graus, no máximo.

Foi uma questão de minutos lembrar como era sentir frio.

A primeira pergunta que fizemos ao chegar no hotel: «Onde é a loja mais próxima?».

A resposta, desalentadora: «Xi. Tudo aqui fecha às 18h. Só amanhã».

Eram 19h e não íamos perder aquelas preciosas horas que restavam dentro do hotel.

Somos homens ou puddles tosados?

Colocamos nossas preciosas jeans e saímos bravamente, em busca de algo para comer.

De repente, vimos ao longe o céu preto.

E a chuva vindo em nossa direção.

Foi uma questão de segundos e despencou uma tempestade nas nossas únicas roupas minimamente quentes.

Não deu tempo de correr. Só de rir. Muito.

Quando finalmente compramos um guarda-chuva, a tempestade parou.

Assim, de repente, do mesmo jeito que chegou.

Murph deve ser holandês.

Logo achamos uma pizzaria bonitinha e baratinha, do jeito que eu gosto.

E ali ficamos até secar.

Cidade graciosa, essa.

Pode chover à vontade. O charme está impregnado nas casas, bicicletas, sorrisos e cheiro de queijos bons desse lugar.

É de se apaixonar.

Fiesta de Sants!

23/08/2010

Há alguns dias estamos usando as bicings: você compra um cartão anual, pega bicicleta em um dos varios pontos espalhados pela cidade, e devolve no outro, até 2 horas depois.

Ô, coisa boa.

Hoje, em especial, saimos do centro umas 21h e fomos que fomos pelas ciclovias de Barcelona. Uma meia-horinha  pedalando até a casa.

Noite bonita, ciclovia lotada de pais carregando criancinhas feito cangurus.

Poesia.

À noite, Festa de Sants (nosso bairro).

Juro que tento, mas essa cidade tem tantos eventos e festas q não dá pra ficar em casa parada.

Descobrimos a banda Delafé y las Flores Azules, que mistura hip hop com soul, num esquema alternativo e original.

Estavam tocando num parque, uma galera ouvindo.

Paixão à primeira vista.

Dali, paramos de rua em rua tirando fotos das decorações e curtindo com o povo.

O dia começou com «Evolution», um documentário bem Darwiniano sobre astros, estrelas e a evolução das espécies no Hemisferic, o planetário da Ciudad de las Artes y las Ciencias.

Saímos reflexivos e meio tontos de ver tantos anos-luz passando na nossa frente.

Ficamos pelo menos 3 horas NERDS no Museo de las Ciencias Príncipe Felipe, um centro de interação científica fantástico: máquinas de alteração de voz, apresentações sobre eletricidade, exposições bacanas de Marvel e StarTrek.

Andamos por uma área com 20 e poucas curiosidades: sons, cores, formas, etc.

Claro que eu fui justo na que quse me matou do coração:

«Coloque sua mão aqui. O que você sente?» .

E um vento de 160km/h sopra na sua mão, fazendo você pular longe e dar gritinhos de susto – se for das mais sensíveis como eu.

A porcaria era um simulador de tornados.

Igor quase rolou no chão de rir.

À tardinha, como bons Alexandroff, fomos almocar.

Paella melhor que a de antes de ontem. Obrigada Deus.

Largateamos ainda alguns minutos no sol e demos tchau à Valência.

Quatro interminaveis horas de vira-e-mexe no busão depois, de volta ao lar.

Show

21/08/2010

Fomos conhecer o centro de Valência, o Jardim Botânico e o Mercado Municipal.

Estava um calor absurdo (acreditem: absurdo) e fomos almocar em um shopping, pelo simples fato de precisar de ar condicionado para continuar vivendo.

De lá, o I partiu para o show que, segundo ele, foi fantááááááástico.

Muita gente (educada) e músicas de todas as épocas do Iron, o que, aparentemente, é uma coisa muito legal para ele.

Aproveitei o momento-solidão para conhecer cada esquina do shopping.

Comprei um colar bem fofo em promoção e resisti ao resto.

Segura de que o Igor não comeria nada por lá, levei coisinhas para jantarmos no hotel.

A criança surgiu fedida e com um sorriso gigante, cantarolando melodias estranhas.

Fiquei pensando… para ele, ir a esses shows deve ser tão importante quanto é para mim fazer escova progressiva ou deitar no solzinho.

São os pequenos prazeres da vida.

Tipo chocolate.

Un buen motivo

20/08/2010

Sumi, mas foi por uma boa causa: fomos à Valência.

Eu, para conhecer a cidade, passear, curtir.

O I, para o show do Iron Maden que fechava a turnê blá-blá-blá.

À primeira vista, parecíamos chegar a uma cidade fantasma.

Lojas fechadas, ruas vazias.

Todo mundo em férias.

Deixamos as coisas no hotel (não sem antes relinchar porque nos deram camas de solteiro por «falta de disponibilidade») e saímos.

Caminhamos pelos Jardines del Turia, que era um rio e virou jardim.

Nessa brincadeira de andar, percorremos 8,5 quilômetros.

(Fizemos questão de saber a distância exata, porque o caminho parecia eterno).

Num sol de ferver ideias.

Passamos pelo Museu de Belles Artes, pela Ciudad de las Artes y de la Ciencia, e pelo tal jardim infinito.

Chegamos ao porto só o pó, umas 21h.

Urrando de fome.

No restaurante, as pessoas devoravam mexilhões.

Óbvio que pedi e me esbaldei, apoiada mas não acompanhada pelo Igor, que provou, mas ficou no pãozinho.

A foto não é das mais apetitosas, mas de todo o coração eu digo: estavam maravilhosos.

De comer agradecendo a Deus também era a paella.

Graças ao vinho branco que acompanhou tudo isso, perdemos o último ônibus e deixamos um taxista bem feliz de nos levar até láááááááááá onde ficava o hotel.

Sueño

19/08/2010

Acordei às 16h, porque cheguei em casa às 9h.

O dia foi estranho.

Pela metade.

Tô ainda meio zonza de sono.

Cadaqués é o nome da cidade que, por vários motivos, ficará para sempre na minha memória. Levantamos cedo para conhecer essa praia da Costa Brava, litoral norte da Catalunya.

Todos os moradores do sul da França e do norte da Espanha tiveram a mesma ideia.

E assim o trajeto de trem + ônibus que duraria 3 horas levou 5.

Até aí, tudo bem. Férias. Espírito de aventura.

Passamos um dia maravilhoso, fizemos piquenique no alto de um morro com uma vista incrível, dormimos no solzinho, visitamos a parte histórica. Só alegria.

Veja as fotos e logo eu continuo a história…

(Veja várias outras fotos aqui)

Teria sido perfeito se não fosse um porém.

Perdemos o último trem de volta e ficamos «ilhados» em Figueires, a cidade onde faríamos a «baldeação» para Barcelona.

Com roupa de praia, cheiro de praia.

Sem comida, sem condições de gastar uma fortuna só para passar a noite, sem esperança de conseguir voltar pra casa ainda naquele dia.

Isabel e Igor levaram umas duas horas para entender que sim, passaríamos a noite ali.

Caminhamos até o centro, procurando um bar ou restaurante que ficasse aberto.

Numa quarta-feira, no meio do nada? Ha-ha-ha. Sem chance.

Quando não imaginávamos que a coisa podia piorar, começou a chover.

O negócio estava ficando macabro. Ouvimos uns tambores.

Parece piada.

Era uma coisa medonha, estranha, assustadora: uma apresentação de uns índios. Sei lá.

Tive que filmar para não acharem que era exagero (em breve colocarei o link).

Corremos dali e achamos um restaurante bem bonitinho, com mesas cobertas.

Estava fechando.

Um abençoado garçom nos indicou um bar que ficava aberto até tarde.

O tal bar era um café maravilhoso, com jazz ao vivo.

E vimos luz em meio às trevas.

Ficamos ali quentinhos curtindo boa música até 3h da manhã, quando o bar fechou.

A saída foi procurar a rodoviária e (tentar) dormir.

No frio, com cangas molhadas como cobertores, no banco metálico da rodoviária.

5h45 saiu o primeiro trem para Barcelona e nele, três zumbis agradecidos ao bom Deus pela cama que os abraçaria, consoladora, duas longas horas depois.

Trabajo hecho!

17/08/2010

Novo site do Alexandroff 3D Studio no ar!

Comentários lá são muito bem-vindos.

Divulgação, idem.

Alexandroff 3d Studio