Ser auténtico

31/07/2010

La Roca Village: um shopping inteirinho de Outlets de marcas bacanas.

Rebeca, respondendo à sua pergunta: sim, vale a pena conhecer.

O Igor obviamente saiu bem: achou uma calça na Diesel por 30 euros. Bel e eu tivemos a mesma sorte na Calvin Klein.

Mas isso me fez pensar mais uma vez sobre ditadura da moda, status e padrões de beleza.

Sou, de verdade, daquelas pessoas BEM desapegadas a marcas.

Muito favorável a que se tenha seu próprio estilo.

Mas mega contra a que se pague caro por um jacarezinho ou outro símbolo bobo.

A gente tem que se vestir como se sente bem, como se sente bonito, com cores que nos alegram e tecidos que nos abraçam.

A etiqueta deveria ser sempre cortada e jogada fora.

Para mim, ser autêntico é fazer sua roupa ser apenas um acessório para o que você é em essência.

La quimera del oro

30/07/2010

La quimera del oro  – Charles Chaplin, EEUU, 1925.

Fomos à Sala Montjuic, um telão de muitos metros que fica no pátio de um castelo, no alto de um monte.

Mas claro que Igor e eu perdemos o último ônibus e subimos a pé.

Morro acima suando em bicas e pensando em desistir a cada 100 metros.

Ao final, depois de cortar caminho por uns barrancos e pular um muro, chegamos.

O lugar é um sonho.

A galera se esparrama em cangas pela grama e leva coisinhas para comer e beber.

A trilha toda do filme foi feita ao vivo por uma orquestra.

Emocionante, lindo, incrível.

Lush

29/07/2010

Que surpresa deliciosa descobrir que a Lush é uma marca espanhola.

Essa loja de cosméticos naturais existia em São Paulo, mas fechou não sei por quê.

Estávamos Igor e eu despretensiosamente caminhando e: tchã-rã!

Demos de cara com os sabonetes exóticos.

Não resistimos.

É caro, mas de vez em quando vale o investimento.

Veio pra casa o «Resplandor en la oscuridad«, feito com menta, suco de maçã e cravos.

Ideal para relaxar e para refrescar até a alma.

Jornada intensiva

28/07/2010

Reencontro do povo do máster.

Todo mundo em férias, todo mundo feliz.

Aqui eles trabalham em jornada intensiva nos meses de verão.

Tipo das 8h às 15h.

E como anoitece às 22h, o dia é uma criança quando você sai do «curro«.

Dá tempo de fazer o que quiser, uma alegria só.

Aí, guvernaiada do Brasil, vamos seguir a tendência?

Eu tenho um varal externo, sabe?

E moro no quinto andar.

Foi com dor no coração que hoje constatei: venta muito por aqui.

Perdi minha toalha gigante preferida de todos os tempos.

Não era uma qualquer.

Era a MINHA querida toalha gigante frapê com barra maquinetada da Buddemeyer.

É essa aqui da foto, a que mais brilha, a mais sorridente: a cor de laranja.

Sabe quando a toalha já é íntima?

Não é a mesma coisa comprar outra, toda áspera, toda nova, toda alheia a você.

A Buddemeyer uma vez me fez entender que maciez na hora de enxugar o corpo é extremamente importante. É por isso que ela produziu essa linha de toalhas gigantes. Para EU sentir na pele essa maciez.

E agora minha toalha se foi.

100% algodão flutuando por aí.

A dor foi tão grande que eu até achei um lugar para encomendar: a Americanas.

Mas para massacrar de vez meu coração, eles escrevem no site, na maior frieza que a caixa alta permite: «ITEM INDISPONÍVEL NO MOMENTO».

Ah, gente, não pode.

Toalha é item de primeira necessidade.

A minha era.

Você, pessoa que está no Brasil, pode me fazer um grande favor?

Se você estiver por aí, caminhando pelas lojas de cama, mesa e banho, e vir uma irmã da minha toalha, você compra pra mim? Prometo pagar o dobro – desde que você me mostre a nota fiscal, porque eu sou emotiva mas não sou boba.

Muito agradecida.

Alegres futilidades

26/07/2010

Última semana de rebajas.

Portanto, perdoem-me pelos próximos temas aparentemente fúteis.

Pode não fazer sentido para você, mas esperei meses por essa época do ano, e reservei economias para não passar vontade agora.

Quase todas as lojas estão com 70% de desconto.

É de chorar de alegria.

Hoje foi a vez do Igor.

Eu o fiz vir para cá quase sem roupa nenhuma na bagagem, já prevendo que haveria muita coisa bonita e barata em promoção.

Fato.

Ele saiu já da primeira loja com 4 camisetas, 2 moletons, 1 calça e 2 jaquetas lindas de inverno por 60 e poucos euros.

(As jaquetas custavam originalmente 80 cada).

Fala se não é um charme:

Na próxima parada, ele achou um sapatenis super estiloso por 7,99 e outro por 12,99.

Dá para entender um pouco a alegria dos ricos.

Você sai da loja com a auto-estima lá no céu de vestir tanta coisa bacana.

#prontofalei

Vou tentar me controlar nos próximos dias.

Dulce vida

25/07/2010

Dia de promessas pagas.

Igor até agora não tinha tocado sax.

Bel até hoje não tinha feito seus lendários docinhos caramelados (a guria já teve confeitaria e estava escondendo o ouro!).

E eu não devia nada para ninguém, mas desfrutei dos «pagamentos» com muito gosto.

No final do dia, organizamos uma sessão de cinema em casa regado a vinho e doces.

Vida dura.

¿Qué puedo hacer?

24/07/2010

Fui cedo à igreja para falar com o pastor, que havia me chamado para conversar.

A notícia não era das melhores: a igreja está a ponto de se dividir e ele queria explicar a situação para todos os envolvidos com algum tipo de liderança e serviço, para deixar-nos livres para escolher de que lado ficaríamos.

Complicado. Longa história.

Basicamente, visões distintas: grupos tradicionais x grupos inovadores.

Acho que grande parte dos problemas do mundo se resumem a isso, na verdade.

Penso que Deus tem que ter uma paciência com a gente que não é brincadeira.

Bate uma tristeza de ver certas histórias se repetindo…

Humano é tudo igual. Só muda a nacionalidade.

Mas no final do dia, para ser bem sincera, fiquei feliz.

Lembrei de um texto de Romanos (5:3-4) que muito me trouxe paz:

«(…) mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança».

É isso.

Deus permite certas coisas para nos aproximarmos mais dEle.

E é bem aí que eu quero estar.

«¿Qué puedo hacer?

¿Qué puedo decir?

Te ofrezco mi corazón completamente a Ti».


Primeira faxina de verdade.

O trio funcionou com muita harmonia e num instante a casa estava brilhando.

Pra comemorar, bora pro Gótico.

Blusinhas por 3 euros, sandálias por 12.

A festa acabou com sangria na Plaza Mayor.

Pulpos a la plancha acompanharam.

(Claro que estes só eu comi os tais polvos grelhados. Igor e Bel experimentaram corajosamente, mas ficaram na batata frita. Tsc tsc. Melhor. Sobrou mais pra mim).

De sobremesa, como não podia faltar, um gofre bem gordinho.

Sant Pol de Mar

22/07/2010

Sant Pol de Mar.

Praia gracinha a 1 hora de trem daqui.

Outra viagem, Cíntia? Já?

Me explico: estou em férias e é verão. Temos mais é que aproveitar esse tempo para fazer viagens curtas em dias nadavê, já que nos finais de semana tudo lota.

E de onde sai a grana pra tudo isso, menina?

Dinheiro não é problema, é solução, já dizia algum sábio.

Quem vê essas fotos bonitas pensa que estamos gastando uma fortuna.

Pura ilusão. Repare no tamanho da mochila do Igor.

Temos viajado num esquema totalmente low cost, rateando gasolina, dormindo na casa de amigos, levando os próprios lanches. Uma coisa bem baixa renda. Vulgo «farofada».

Bel, Igor e eu passamos o dia lagarteando no sol. A praia tinha areia de verdade (aqui em Barcelona a praia foi construída para os Jogos Olímpicos de 92, e a areia é estranha e grudenta). Lá era de verdade, tipo mini-pedrinhas.

Tudo muito tranquilo e relaxante – como devem ser as férias no paraíso.

O feito do dia: quebraram-se de velhos os óculos do I.

Demos uma de Gibinha e dá-lhe super-bonder.

Pronto para outra.

No fim do dia, para deixar a criança feliz, fomos ao cinema.

O filme foi bacana, mas a alegria do menino é que valeu a pena.

Meu medo é que esse cinema fica a 10 minutos de casa.

Bom, se eu tiver dúvidas em onde encontrar o Igor, eis aí um bom palpite.

34 grados

21/07/2010

Almocinho em casa: arroz, feijão, bife, farofa e batata frita.

Tá. O feijão era fajuto. O bife era de uma parte não conhecida da vaca. Só a farofa era original. O resto enganava.

No fim do dia, como pedia o calor de 34 graus, fomos à praia.

Havíamos combinado de encontrar Paola e Juliana, amigas colombianas.

Ficamos lagarteando e rindo até o sol se pôr, umas 21h e pouco.

No jantar, fui voto vencido: Burguer King. Assim fica difícil, minha gente.

De lá, encaramos um Concerto de Jazz no Parque de la Ciutadella.

Ali estavam, já no tradicional lugar na grama, Arthur e Jana.

Bom juntar gente querida.

Quando olhei para o lado, vejo um ser humano super entrosado na conversa com a Paola. Era o Igor. HABLANDO. Instalaram um chip no rapaz e eu não vi quando foi.

Los perdidos

20/07/2010

Ensaio na igreja à tarde.

Igor me encontrou à noitinha para irmos a um concerto de Jazz em algum lugar em Barcelona que não encontramos até agora.

Subimos no ônibus e não achamos o ponto onde deveríamos ter descido.

Aí, já era. Perdidos em Barcelona.

Ou melhor, fora de Barcelona, porque aquele ônibus nos levou para uns lugares desconhecidos, meio industriais. Devíamos estar em um lugar tipo Diadema. Tinha até uns caras de bigodinho ralo andando pelas ruas.

Assim que nos demos conta do lapso, descemos e esperamos o busão na direção contrária.

Mas desanimamos do concerto. Que mané Jazz. Vamos comer alguma coisa boa.

Criamos coragem e fomos para um restaurante inédito.

Tudo muito bom, inclusive o vinho rosé, que acabou rapidinho.

Voltamos para casa andando em curvas, bem alegrinhos.

Hihihi.

(A foto tá assim porque o I já estava sob o efeito do vinho).

Tarde productiva

19/07/2010

Tarde produtiva no Ikea: cabides, caixas, tapetinho para o banheiro, cesto de roupa suja e outras coisas fofas e importantes vieram conosco habitar o novo lar.

Girasoles

18/07/2010

Saímos cedo e depois de umas várias horas no carro, paramos em Roses, mais uma cidade charmosa, dessa vez no norte da Espanha.

Tomamos um café da manhã / almoço por lá e passamos boas horas numa praia linda.

Dali partimos para Pau, onde moram os pais do Arthur.

A casa era cenográfica, não tem outra descrição.

Decoração impecável, jardim dos sonhos, Ilha de Caras total.

Conversamos um pouco com os pais do Arthur, finos e franceses até a alma.

No caminho de volta, passamos por muitos campos de girassol e foi irresistível: tivemos de parar para fazer fotos bonitas.

Próximo destino: Pals, cidade construída toda com pedras.

Mais uma que parecia cenográfica.

Exaustos e felizes, voltamos para Barcelona.

El pato

17/07/2010

8h30 da matina. Bora pra Perpignan.

O dia comecou extremamente bem: paramos no Paul para o café da manhã. O chocolate frio, uma coisa indescritível. O cachorro quente, o mesmo que eu tinha provado em Paris. Maravilhoso.

De lá, fomos conhecer o Jorge, amigo do Arthur que fala português e tem uma loja de vinhos. Mas não qualquer loja. A LOJA. Sabe aquela coisa de serviço diferenciado? Exatamente. O Jorge nos proporcionou a experiência inesquecível de uma típica degustação de vinhos no lugar mais adequado do mundo para isso. Serviu pães, patê de pato e butifarras (espécie de lingüiças) artesanais, acompanhando os vários tipos de vinhos franceses que experimentamos. O resultado: compramos 10 garrafas de vinhos brancos, rosados e tintos, felizes da vida.

Depois de uma volta na cidade, fomos para um parque fazer outro churrasco, regado a vinho branco fresquinho. Cochilo básico na mesa.

Duas horinhas a mais de viagem e fomos parar no século x, numa igreja romana no alto de uma montanha. Impressionante.

Na volta, passamos por uma caravana de cabras e logo chegamos em outra igreja ultra antiga que está sendo reconstruída por voluntários.

Para arrematar o dia, jantamos em Ceret, outra cidade charmosa do sul da França.

O Igor nos surpreendeu com um espírito aventureiro para provar comidas exóticas. Dessa vez foi pato. E gostou!

Marlene, com toda a modéstia do universo, eu mereço um troféu.

A música tema da viagem, aliás, foi esta aqui:

Nunca tinha ouvido e amei.