Venga Brasil!

15/06/2010

Tudo começou de manhã.

O esquema tático já estava planejado.

Muita expectativa, minha gente.

Alonguei tudo direitinho e coloquei na bolsa.

Fui mais cedo para o trabalho, já no clima ô-lê-lê-ô.

Tinha um compromisso importante depois e não podia haver impedimentos.

Dia sem prorrogação.

Driblei o chefe, dei rolinho na secretária, chapelei a colega de trabalho.

Aos 45′, joguei uns trabalhos pendentes pra escanteio e fui pro vestiário.

Juizão não foi louco de dar nenhum minuto de acréscimo.

Com a merecida reverência, vesti a digníssima camisa verde e amarela, ainda na firma.

Haja coração.

Foram 4 anos esperando esse momento, e agora estava ali, na cara do gol.

Bora para o metrô. Brasil-eô.

A torcida toda me esperava num bar brazuca mais lotado que o Anhangabaú.

Claro que não tinha lugar pra sentar.

De repente, vi em frente ao bar uma cadeira velha jogada pra escanteio.

Não tive dúvidas: botei pra dentro e saí pro abraço.

===========<() Fuéeeeeeeeee!

E, finalmente, primeiro gol do Brasil.

Não vi como foi. Tava com torcicolo de tanto olhar para cima lá no telão.

Mas pulei, vibrei, comemorei e botei pra fora aquele grito entalado desde as quartas de final da Copa passada no jogo contra a França (#fiadamae, tomara que perca!).

Comoção geral também no segundo gol.

Quem? Elano?

Já vi que tô velha e desatualizada futebolisticamente.

É.

Para falar a verdade, não foi nenhum jogão.

Faltou brilho.

Robinho nem pedalou.

E ainda tivemos dó do coitadinho do coreano chorão e demos um gol de lambuja.

Mas Copa é Copa.

Brasil é Brasil.

E brasileiro que é brasileiro não desiste nem aqui nem na España.

E as ondas começam a se agitar no trabalho.

Se é sinal de tempestade ou de ventos favoráveis, o tempo vai dizer.

Ao menos, fim da calmaria.

Parece que começaram as festas de verão nos bairros.

Hoje rolou uma aqui em frente de casa.

Aquela coisa básica: bingo para os mayores, carrossel pra criançada.

À noitinha, do nada, surge uma batucada.

Parecia uma bateria de escola de samba.

Os 4 curiosos aqui de casa fomos ver o que era.

E, claro, enquanto atravessávamos a rua, o barulho acabou.

Vácuo.

Festa 1 x 0 Curiosos.

Ele me completa e faz feliz há pelo menos 10 Dias dos Namorados.

Hoje comemoro lembrando a clássica e inesquecível melodia que ouvi num dos primeiros, em «serenata-mode».

Pátria amada

11/06/2010

Clima de Copa do Mundo.

Não que algo tenha mudado, muito pelo contrário.

Parece tudo tão normal, tão indiferente às vuvuzelas.

Dá vontade de gritar por aí: «Ei, vocês estão sabendo que hoje começa um evento que mexe com o globo terrestre? Rola botar uma camisa e torcer comigo contra a Argentina?».

Mas meu coração brasileiro, ciente de que as aves que aqui gorgeiam não gorgeiam como lá, reparou que – conscientemente ou não – Barcelona está vestida de verde e amarelo!

Será um sinal?

Fica a homenagem à Pátria Amada.

Canção do Exílio

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Gonçalves Dias
Coimbra, julho de 1843. Publicado no livro Primeiros Cantos (1846). Poema integrante da série Poesias Americanas.

Estás de coña…

10/06/2010

Comecei a procurar apartamento outra vez.

(O motivo, um sonho: o Igor virá em agosto, se Deus quiser, e só sairá daqui comigo!).

E já caí na primeira pegadinha.

Loft charmoso de 90 m2. Preço encarável. Fotos gracinhas:

Fui visitar.

Depois de quase morrer de medo num elevador fúnebre, cruzar com mundrungos na entrada e ser recebida por um tipo estranho, ao som de uma aterradora e frenética música clássica, constatei: as fotos deviam ter sido tiradas há 5 anos.

(Graças a Deus a Isabel foi comigo…).

O loft charmoso de 90 m2 realmente deve ter existido algum dia.

Mas num reino distante, há muuuuuito tempo atrás.

#strike1

Dia chuvoso para amenizar o calor.

Cerejas maduras para adoçar a ida ao trabalho.

Deus está nas pequenas coisas.

“Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma” (Salmos 131:1,2).

Huelga

08/06/2010

Greve dos funcionários do trem (sim, aqui também tem disso).

Não fui trabalhar então, ora pois.

Quer dizer, só não fui até o trabalho.

Trabalhei daqui de casa direitinho, todas as horas devidas.

(Nem quando eu tenho a oportunidade ideal para dar golpe eu consigo…). #consciênciaridícula

A parte boa dessa história de homeoffice é terminar o expediente às 20h e chegar no quarto para relaxar às 20h01.

E ainda deu tempo de ir ao mercado, fazer as unhas, conversar com mãe, pai, irmão, marido, amiga, fazer janta, tomar banho, assistir a 3 episódios de 30 Rock e dormir antes da 1h da manhã. Ó que produtivo.

Sandália mona!

07/06/2010

E, finalmente, meus pés sentiram o ar de Barcelona.

Dei-me de presente esta coisa graciosa e saí por aí cheia de estilo.

(Clique na foto para ver mais modelos da Mustang, marca fofa daqui).

A bota marrom se aposentou há uns 2 meses.

O tênis de cano alto não encara o ambiente «firma».

Havaianas só no fim de semana.

E a sapatilha preta já sabe ir sozinha para o trabalho.

É. Tava mais que na hora.

Úsame

06/06/2010

Participei do louvor com o grupo outra vez. Como é bom cantar e tocar para Deus.

Minha oração constante é que Ele me use sempre, onde e quando for…

Essa música que cantamos hoje fala exatamente disso.

Se você quiser, pode fazer dela sua oração também:

Sonda-me, usa-me

(Aline Barros)

Sonda-me, Senhor, e me conheces
Quebranta o meu coração
Transforma-me conforme a Tua palavra
E enche-me até que em mim se ache só a Ti

Então, usa-me, Senhor
Usa-me

Como um farol que brilha à noite
Como ponte sobre as águas
Como abrigo no deserto
Como flecha que acerta o alvo
Eu quero ser usado da maneira que te agrade
Em qualquer hora e em qualquer lugar
Eis aqui a minha vida
Usa-me, Senhor

Genial la barbacoa con los colegas del master.

(Ops. Estou escrevendo em espanhol).

Fizemos um churrasco pré-férias com o pessoal do curso.

Dentro de três semanas, só alegria.

Por enquanto, muitos trabalhos para entregar.

Resolvemos festejar com antecedência (o oposto do que fazemos com os trabalhos).

Divertido.

(Para falar a verdade, eu já tinha todas as desculpas para não ir na ponta da língua, mas me convenceram com o bilhete abaixo).

Mas – confesso – eu pensava o tempo todo num churrasco que estava rolando em Itanhaem, na casa dos meus sogros, com picanha, filé mignon no azeite, alho e ervas, costelinha no limão… Hummmmm! Invejinha.

Hola, me llamo…

04/06/2010

Do primeiro móvel achado na rua a gente nunca esquece.

Hoje eu voltava do trabalho e, já na rua de casa, vejo na esquina um simpático aparato.

Conservado para a idade, limpinho, compacto, estava ali me esperando:

Estou em dúvida se o chamo de gaveteiro ou de criado-mudo.

Nome do primogênito é assim, meio complicado de escolher.

¿Vosotros qué opinais?

Ridícula

03/06/2010

Aquelas meninas feias vieram aqui, me deixaram com saudades de tudo e de todos, me fizeram rir e, antes de irem embora, conseguiram me emocionar com essas flores e um cartão lindo, lindo, lindo.

Elas me fizeram ver que uso demasiadamente a palavra «ridículo». Assim, toda hora: «Não seja ridícula»; «Isso é ridículo»; «Como vocês são ridículas, vou fingir que não conheço», e outras expressões super delicadas que saem da minha boca com mais frequência do que eu me dava conta.

Por isso, no cartão, entre outras palavras queridas, estava essa pérola:

«Sentiremos saudades, estaremos orando por você e aguardando sua volta. E, meu, não seja ridícula de ficar aí para sempre!»

Sim, senhoritas! Isso seria ridículo.

Guapas

02/06/2010

Feijuca na casa de Janaína e Arthur. Hummmmm. Privilégio.

Incrível como fotos de meninas bonitas no meu blog fazem crescer a audiência.

Obrigada, Bruna e Luana, vocês me deram não só momentos divertidésimos, mas também popularidade na internet.

Cuatro

01/06/2010

Fomos cedo para a Primark, loja tipo Riachuelo, mas bem mais barata e estilosinha.

Conosco, Bel e Jana.

E, de repente, senti-me estranha. Ali estavam 4 amigas (que EU apresentei umas às outras) e quem estava se sentindo um peixe fora d`água era eu.

De sapato baixo, eu tinha uns vários centímetros a mais sobrando na rodinha.

E elas AMARAM isso. Se identificaram. Sorriram de baixo para cima.

Levei as 4 crianças felizes para comer no Mac Donalds e depois fui trabalhar.

O que fizeram durante o dia eu não sei. Essa geração de hoje é assim, nos deixa mesmo preocupados. Mas fiz questão de dar na mão delas um celular reserva, para que eu pudesse controlar, digo, saber onde elas estavam.

À noite, jantarzinho e risadas. Como é bom.

Ah! Nos divertimos tirando fotos com pose de gatinha, como é moda no Brasil.

As duas se acharam ficando mais altas que eu e mandando beijinhos.

Bando de palhaças.