Cinco pausas y ya está
15/04/2010
Bunda quadrada de passar o dia inteiro aqui, em frente ao computador, fazendo o trabalho que entrego na terça.
O I também trabalhou o dia todo.
Minto. Tivemos cinco pausas:
Pausa 1) Lavar roupa;
Pausa 2) Fazer um almocinho bem bom;
Pausa 3) Mandar um dogão na janta;
Pausa 4) Falar com mamãe (SAUDADE!);
Pausa 5) Ver Lost, porque ninguém é de ferro.
E bora dormir, porque amanhã precisarei terminar os 80% que faltam.
Feliz Aniversário
14/04/2010
Há 3 anos estávamos lá, cantando um ao outro:
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
A cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que eu vou te amarE cada verso meu será pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vidaEu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa ausência tua me causouEu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
E eu não tinha ideia de que isso faria mais sentido depois de 3 anos.
Hoje, aqui, o presente que nos demos foi estar juntos. E isso tem um valor que não conhecíamos.
Nos vejo mais maduros, mais apaixonados, mais bobos, mais felizes, mais certos da companhia e do direcionamento de Deus nas nossas vidas.
Então, comemoramos.
A vontade de chorar veio (muitas vezes) forte, quando lembrava que logo mais ele vai embora. Mas seguimos os sábios conselhos «carpe diem» de todos vocês e aproveitamos o momento.
À noite, fomos conhecer o Hard Rock Café (e a Cíntia aprendendo a ceder…).
Foi muito mágico. Tomamos tequila, comemos bem e rimos um monte.
Não, não tem coisa melhor.
Habemos teclado!
13/04/2010
Nem eu acredito.
Depois de uma agradável (e longa) caminhada pelo bairro de Gracia até a loja de instrumentos, saí de lá com um teclado.
Assim, pá-pum.
Pedi para olhar dois modelos, anotaram os preços. Saí de lá, liguei para o Ramón, rapaz da igreja que – depois constatei – era o chefe de todo mundo lá. Falei quais eram os preços. Ele, por telefone mesmo, pediu uns minutos, fez contas, e me deu um preço sensivelmente mais baixo. Disse que se eu quisesse, ele ligava lá agora e eu podia voltar e comprar.
E assim foi. Quando voltei na loja, fui tratada como rainha e em pouquíssimos minutos saí feliz com um brinquedo novo! Aproveitando a brincadeira, o Igor ganhou uma pedaleira para a guitarra (Hein?!? Pois é.) – com o mesmo desconto, claro.
Depois disso, Isabel e I formaram o já conhecido complô e me obrigaram a comemorar no Burguer King. Isso lá é lugar para comemorar?? Para as crianças que estavam comigo, é.
Então fomos nós, teclado, suporte e pedaleira de metrô até o bendito Burguer King.
E – confesso – a cara das crianças compensou o esforço.
Cada um com seu motivo para estar radiante.
Y así si pierde un amigo
12/04/2010
Manhã dedicada ao trabalho que eu preciso entregar logo mais.
Depois do almoço, encontramos a Bel no Gótico e por lá ficamos até as lojas fecharem.
Comprei – finalmente! – calças e blusas novas.
Só o Igor para me encorajar a gastar em euros.
Se bem que o preço foi algo bem similar ao que eu pagaria na Renner aí no Brasil. Tipo blusinha legal por 9 euros.
– Defina «legal» – dirá meu irmão num tom extremamente apreensivo.
– Ah, não sei. Algo estiloso, tipo calças beeeeem larguinhas e blusinhas diferentes – eu tentarei argumentar, eufemizando a coisa toda.
É. O Bruno não vai mais ser meu amigo quando eu voltar.
El Grande M
11/04/2010
Dei o golpe no ensaio da igreja. Tava cansada, com sono e preguiça.
«Tô podre de cansaço acumulado, o Igor tá aqui esquentando meu pezinho e já já vai embora. Ah, não. Vou ficar aqui e pronto». Não foi tão difícil.
Na igreja fui apresentada ao Ramón (ou algo do tipo), representante da Casio. Isso significa que vou conseguir comprar um teclado com desconto, se Deus quiser. Show. Assim estudo de verdade.
A Andrea, nossa colega de master, foi conosco à igreja! Reparem na foto poser das gurias.
Depois rolou um complô de Isabel e Igor (e Andrea, por contágio direto), e perdi a briga. Almoçamos no Mac. Aff. Tô começando a pegar birra. E eles já perceberam, óbvio, e se aproveitam.
Tem um MUNDO de comidas boas e diferentes aqui, e o povo se rende ao Grande M.
Não me conformo.
Rotina, aquí estamos
09/04/2010
E acabou a mamata.
Levantamos já lavando quilos de roupa.
Finalmente lavei como se deve o cabelo e fiz escova. Ele ficou lindo, feliz e radiante por constatar que não, eu não o deixaria virar um ninho de tuiuiú.
À tarde, aula. Preguicinha. É tão fácil acostumar com a vida de turista.
O I foi nos encontrar no final da aula e saímos ele, Bel e eu para botar o papo em dia.
Pensando bem, é bom estar em casa de novo!
Adiós, Granada
08/04/2010
Paguei caro pelo jantar de ontem. Às 4h da manhã, o vinho que cozinhou o rabo de touro se revoltou e quis sair do meu ser. Deixei…
Dormi meio mal e desistimos de ir outra vez à Alhambra porque, se perdessemos a viagem mais uma vez eu viraria o próprio touro furioso.
Dormimos até o horário máximo permitido pelo hotel e saimos para dizer adeus à Granada.
O almoço foi leve, mas rolou sorvete de sobremesa, confesso.
À noitinha, busão pro aeroporto; avião para Girona; busão para Barcelona.
Lar doce lar.
Clap, clap, clap
07/04/2010
Nova tentativa de ir à Alhambra.
Levantamos cedo e chegamos lá antes de abrir, umas 9h e pouco. Quem disse que tinha ingresso?
«Ou vocês chegam umas 8h, ou esqueçam…». Frustração.
Mesmo assim, caminhamos por um bairro muuuuito lindo ali perto, e descemos o morro beirando um riozinho, cena de filme.
Ainda não sei como convenci o I a subir um bairro inteiro morro acima para ir a um mirante. Mas deu certo e ele ainda me agradeceu. Que vista era aquela?! Um horizonte de muralhas e a Serra Nevada atrás. Inesquecível.
Quando descemos, já eram quase 15h, hora sagrada da siesta (das 14h às 17h está tudo fechado). Fomos então para o hotel e descansmos também. Justo.
O jantar merece destaque especial. Foi no Restaurante Gallio, o mesmo onde almoçamos ontem. Pedimos spaguetthi à carbonara (cremoso e bem temperadinho) e rabo de touro (suculento, cozido no vinho, a carne desfazia na boca).
Foi tão bom, tão bom, que esquecemos de tirar foto.
Quase aplaudimos o cozinheiro na saída.
Cansados, pero felizes
05/04/2010
Acordamos sentindo o corpo reclamar da maratona ensolarada de ontem.
Muitos 5 minutinhos depois de o despertador tocar, levantamos.
Praia e frio nos obrigaram a comer nosso bocadillo acompanhado de um vinho no calçadão.
Cansados de tanta cultura, passamos a tarde no shopping.
Ganhei um casaco que não sei onde vou levar na mala minúscula que a Ryanair nos deixa trazer. E o I ganhou uma camiseta e uma camisa bonitas.
Jantamos pizza com um azeite apimentado. Nada se compara à pizza de São Paulo – concluimos.
Malas prontas e bora amanhã para Granada.
Ronda
04/04/2010
Madrugamos para pegar o ônibus e ir a Ronda, pueblo erguido sob um penhasco!
Como ontem estava calor em Málaga e essa cidade fica a 1h30 de lá, tivemos a falsa ilusão de que o dia seria quente. Chegamos com uns 9 graus, congelando sob um solzinho tímido que demorou a mostrar a que veio. Mas, quando resolveu, brilhou com todas as forças e, depois de caminhar mais de 5 horas em sua companhia, sobraram rostos e braços vermelhos e ardendo.
A paisagem por ali é realmente encantadora. No meio dos penhascos tem uma ponte com nada menos que 98 metros de altura que liga uma parte da cidade à outra.
Mil e uma fotos depois, achamos um restaurante cujas mesas ficavam ali, quase caindo no precipício. Lá comemos coisas um tanto quanto exóticas, como diria o Bru: sopa de jamón e ovos, truta ao molho de ervas e arroz doce. Caro pra bexiga, mas a vista e os momentos agradáveis valeram a pena.
Visita ao Museu do Vinho. O que você pensa? Alguém vai me explicar minimamente sobre cada tipo de uva, processo de produção, blá blá blá. Golpe. Andamos por umas salas pseudo-ambientadas com objetos antigos e painéis hiper poluídos com letras minúsculas, daqueles feitos para ninguém ler. Foi o que fizemos: não lemos e saímos com a sensação de ter pago 3 euros para degustar um copinho de vinho do tamanho da Santa Ceia.
Cochilo no ônibus de volta e antes das 7h estávamos outra vez em Málaga. Esquecemos o cansaço e fomos passar frio na praia, onde comemos nosso bocadillo de mortadela.
Essa cidade parece uma Niterói européia. Gostamos bastante daqui. Alê e Alberto também curtiriam…
Saudades de todo mundo.
Málaga y la edad média (de nosotros)
03/04/2010
Melhores amigos da Alsa, companhia de ônibus que circula aqui pela Andalucia, partimos cedo para Málaga. Chegamos perto das 14h e, rendidos, apelamos de cara para o primeiro Mac que apareceu no caminho. Feio, eu sei. Mas a fome e a carinha de criança pidona do I falaram mais alto…
Surpresa boa foi chegar ao hotel e ver que era bem melhor do que esperávamos. E tinha elevador! Gracias, Dios.
O dia foi produtivo: conhecemos a Alcazaba (edificação militar moura mais preservada da Espanha, cheia de jardins com jasmins e rosas!), o Castillo Gibralfaro (castelo de onde se vê todo o litoral de Málaga, que tem também uma vista privilegiada da Plaza de Toros – o que merece um parágrafo à parte), e o Museu Picasso (já que estamos na cidade onde ele nasceu).
Quando estávamos lá em cima, no Gibralfaro, ouvimos ecoar uns «olés». E não é que dava para ver e ouvir a tourada que estava rolando ali embaixo? Foi meio chocante ver os touros sendo abusivamente irritados com aquelas capas e depois mortos sob aplausos e «bravos». Fiquei meio mal, até. Talvez seja isso o que chamam de choque cultural.
20 minutos de descida depois e estavamos na rua principal aliviados ao perceber que as procissões dos «homens-cone» – como carinhosamente batizamos os peregrinos – tinham acabado ontem. Ufa.
Fiquei passada ao ler sobre uma loja chamada Bershka, que eu tinha achado super bacana e moderna. O guia dizia que essas roupas dificilmente cairiam bem em garotas de mais de 25 anos. Cadê o meu chão? Depois de aguentar a irritante risadinha do meu querido «esposo» (argh, já tô até falando feito tiazinha), tratamos de descobrir um mercado aberto e fizemos um mega lanche de queijos e geléia antes de capotarmos, exaustos.
Tá começando a pesar a idade…
Viernes Santo
02/04/2010
De lanche e Coca-Cola em mãos, saímos rumo ao jardim botânico. Só 1h30 depois descobrimos que ficava fora do nosso mapa. Pensa em duas pessoas irritadas e exaustas. Foi quando paramos numa praça para comer e vimos muitos velhinhos caminhando com dificuldade, mas firmes e fortes, persistindo. Fomos subitamente acometidos por uma onda de motivação e andamos mais uma hora e pouco até a rodoviária.
O menu do almoço, extremamente inapropriado para uma Sexta-feira Santa: rabo de touro. E, sim, o I também comeu e se esbaldou.
Tentamos visitar um museu arqueológico, mas estava fechado. Já que tínhamos tempo, gastamos lagarteando no solzinho em frente à Mesquita.
Mais tarde, já presos na multidão de peregrinos, entramos numa sorveteria e lá ficamos por umas 3 ou 4 horas, até o povo dissipar.
Aproveitamos para pensar todo o trabalho que eu preciso entregar no fim do mês.
À noite, pizza e bora arrumar malas para viajar amanhã cedo.
Córdoba y sangría
01/04/2010
Ruelas estreitas. Bem estreitas. Mas não daquelas que dá medo entrar. Não! Pelo contrário, daquelas graciosas e convidativas. E lá fomos nós.