Bendiciones

31/01/2010

Tempo de festa, acolhimento e encontro na igreja. Como faz sentido o Salmo 133! Agora sinto mais que nunca essa verdade em minha vida.

Encontrei a Roberta e sua mãe, e nos emocionamos no final do culto ao nos abraçarmos…

Descobri que as células são às sextas BEM no horário da minha aula. E que o curso que eu queria fazer de ministração de louvor é aos sàbados, também no horário da aula. Mas Deus tem planos nisso tudo, tô com o coração em paz.

Fico feliz de ver a Isabel se sentir tão bem ali! Nós estamos aprendendo muitas coisas juntas, vendo Deus agir em nossas vidas, e creio que esse é só o começo. Orem por nós.

De lá (14h) fomos andando sem pressa até nossa casa (19h). Calma, não foi uma caminhada sem pausas. Digamos que fizemos duas paradas estratégicas maravilhosas.

Ambas serão descritas com recursos visuais, porque palavras não me permitem descrever o que foi aquilo:

(clique aqui para ver mais fotos gordas)

Passei a tarde fotografando tendências, a pedido da Nathaly. As mais bizarras coloquei aqui para vocês verem por que as pessoas chamam esse lugar de cosmopolita.

À noite fui ver um apartamento que me encantou mais pelas pessoas que pelo lugar em si. Quarto de casal com janela grande, armário, escrivaninha, espelho pra Dinair nenhuma botar defeito, supermercados próximos, perto da faculdade e do metrô, apartamento grande e simples. Pessoas do bem: um casal brasileiro (cearenses!) e uma mexicana.

Me gustó! O triste é que é mais caro que aqui, mas como estou provisoriamente, cedo ou tarde isso iria acontecer. Amanhã vou dar uma volta no bairro de dia e decidir. Está nas mãos de Deus, como esteve tudo até então.

Justicia divina?

30/01/2010

Gestores de contenido. E eis que entendo o que é de verdade o WordPress, o NPA e tantos outros programas que já usei e não sabia como eram por dentro. Interessante! Logo mais vou procurar uns plugins e outros trecos para aprimorar este humilde espaço.

O almoço tipicamente gaúcho ficou por conta da Isabel, que mandou benzasso no arroz carreteiro com linguiça. Para tapear a abstinência de verde, rolou também uma saladinha.

À tarde ainda deu tempo de visitar uma exposição no Caixa Forum, um espaço patrocinado pela iniciativa privada (banco La Caixa) que tem várias mostras gratuitas durante o ano. A de hoje foi bem um choque de realidade: Camboja, Paquistão, Vietnã, países que sofrem retratados por fotógrafos, digamos, sensíveis. Quase sensacionalistas.

Se seu estômago aguenta, aqui tem algumas fotos de Camboja. Para adiantar o cenário, tratam-se de crianças mutiladas vivendo felizes em meio à pobreza. As estatísticas dizem que lá tem uma mina (prestes a explodir) por habitante. As imagens de mulheres paquistanesas agredidas com ácido, cujos rostos ficaram irreconhecíveis e mutilados, não tive coragem de fotografar. Dói o coração.

Tentei ir à igreja no fim do dia (hoje, pelo que eu havia entendido, haveria um culto dirigido pelos músicos daquele curso que comentei). Andei por uns lugares obscuros até encontrar o local e – surpresa! – fiquei no vácuo.

Não era hoje, não era lá, não era pra ser. Ou todas as anteriores.

Em compensação, descobri nesse bairro uma rua bacana e cheeeeia de lojas! Em uma delas, uma raridade: um casaco compridinho roxo escuro me esperava de mangas abertas por apenas 12,99 euros. Sim! 12,99 era o que estava escrito na etiqueta!

Passei o cartão de crédito sem dó e é claro que o preço da etiqueta estava errado. Eram 16,99. Não, não. «Tava escrito 12,99», eu argumentava. O que é justo é justo.

Ao que a gerente da loja respondia: «Está marcado errado, lamento muito, e infelizmente não posso devolver seu dinheiro. Posso, no máximo, te dar um vale de 16,99 para você comprar o que quiser nos próximos 30 dias».

Eu olhava à minha volta e nada mais me atraia.

Não, nem pensar. «Eu quero levar aquele casaco. E por 12,99».

Buenas, lá se foram 15 minutos com a loja já fechada e eu dentro, exercitando a tolerância cultural e tentando lidar com a «gentileza» da espanhola.

No fim das contas, levei o casaco. Por 16,99. Mas ganhei duas meias e três pulseiras como pedido de «desculpas» pelo transtorno.

Justicia divina.

Un día productivo!

29/01/2010

Fomos logo cedo ver um apartamento que estava agendado.

A localização, perfeita. Todos os supermercados do mundo ao redor, centro próximo, metrô na porta. Até uma sacadinha com mesa e sofá o apartamento tinha.

Entramos e o sonho foi se desmaterializando junto ao pó que emanava daquele lugar. Piso sujo, encardido, cama embolada, sofá que servia de circo pros germes que pulavam felizes dele para o chão poeirento.

Nos dois quartos que estavam ocupados no mesmo apartamento moravam dois rapazes. Espanhóis. Tá explicado. Digamos que o ideal de higiene deles é bem distante do nosso.

Ok. Incluiremos mais um filtro (tem espanhóis?) e seguiremos a busca por um teto.

Para o almoço, estávamos inspiradas: batatas cozidas e frango, ambos ao molho branco e com queijo gratinado. Ficou tão saboroso quanto bonito, então merece foto aqui:

Antes de ir pra aula, ainda deu tempo de tomar banho e lavar o cabelo (com direito à aventura de não conseguir esquentar o chuveiro a gás e ficar meia hora de toalha no banheiro brigando com o registro, até ser salva pela Isabel, que de alguma forma misteriosa já é amiga íntima da água quente).

Fato engraçado é também a nossa discussão de relacionamento entre Raquel/Tiago e Isabel e eu. A gente deixa recados escritos no azulejo da cozinha, com cores diferentes pra saber quem está falando o quê. A briga da vez é sobre as louças que ficam na pia. Tiago/Raquel não gostam que a gente lave, mas a gente precisa ser amada e lava!

Ah, e ainda deu tempo de lavar roupa antes de ir para a aula. Dia produtivo!

Vimos HTML na prática em aula. Agooora o treco tá começando a ficar menos medonho.

O jantar foi absolutamente gordo, dá até vergonha de escrever: pão com Nutella. Culpa da Isabel e seu amor à trashfood (rs, pior que é verdade, a mina PIRA num Burguer King). Aliás, tia Zenildes, ela já mandou encomendar 10 trufas só pra ela quando o Igor vier.

Nunca pensei que diria isso, mas sinto falta de verde na comida.

Arriba!

28/01/2010

Ontem ganhei emprestado um saco de dormir que acaba de virar meu melhor amigo. Enquanto o pezinho do I não vem pra me socorrer nas noites frias, esse vai quebrando o galho. Resultado: acordei mega tarde. Também, com cicladol na veia + pezinho quente = pessoa relaxada e sonolenta.

Tudo bem, eu mereço. Pelo menos um dia (por semana). Hihihi.

Fomos ao Carrefour fazer compras: ovo, batata, espinafre, alface, massa, leite, farinha, caldo de galinha, queijo, linguiça e o luxo do dia: frango! (6,50 euros o quilo…)

O almoço foi fantástico: espinafre cozidinho com ovo, muita cebola, alho e azeite; frango num molho mega bom da Isabel, coberto com queijo derretido; e restôdontê de massa com champignon.

Depois, a aventura do dia: fomos visitar um apartamento que se anunciava como uma cobertura com vista para o Parc Guell (linda área idealizada por Gaudi que fica numa região alta de Barcelona = subida com vista bonita).

Fomos já cientes da subida, mas não da distância do metrô. Perdidas, andamos quase 1 HORA ladeira acima para achar a tal rua. Milhares de ruelas, todas iguais. No caminho, um monte de estrangeiros tão bem localizados quanto a gente.

Quando finalmente achamos a rua, demos de cara com uma escada que seria um banquete para pagadores de promessa. Já que estávamos lá, subimos. Não sem antes tirar umas fotos pra registrar a ridícula aventura.

Tocamos o interfone de um predio simpático de uns 5 andares. Encontramos o tal Fulano na rua, chegando meio esbaforido com a filha. E eis que a menina começa a subir escadas.

Procuramos o elevador. Necas.

«Vocês gostam de fazer exercício? O apê é na cobertura!», ele tentou fazer uma piada.

Subimos rindo pra não chorar aqueles 7 lances intermináveis de escada, e conhecemos por educação um apartamento que conseguia ser mais imundo que o primeiro que visitamos: banheiro mal iluminado e nojento, cozinha zoneada, quartos poeirentos. Sem naipe algum.

Perguntas que não podem faltar nunca-mais-na-vida antes de se meter em outra dessas: tem elevador? Tem metrô perto? As pessoas fumam? Tem bichos? Tem naipe?

Mudando completamente de assunto, aqui vai uma manifestação pública de amor aos meus queridos pais, que hoje completam aniversário de 43 (ou 42 ou 44?) anos de casados! AMO VOCÊS.

El día de María

27/01/2010

Meu quarto ganhou uma arara!

Aproveitei para re-des-fazer malas, botar roupas para respirarem, e organizar por ordem alfabética os cachecóis.

Tirei o pó e passei até cera nos móveis (um criado mudo e duas prateleiras!). Hahaha…

Mas ficou organizadinho, ó:

Vamos a la playa

26/01/2010

Record de caminhada: 4 horas ininterruptas.

Andamos a orla inteira de Barcelona e passamos o maior dos frios até então.

(Clique na foto para ver outras da praia!)

9 graus com vento. Nariz congelado.

(Bizarrice master do dia: pelados na praia).

Depois, cólica.

:(

Dormi de meia-calça, luva, gorro e cachecol.

Nunca vi isso! Estou com as bochechas queimadas do frio de 9 graus. Preciso de um filtro solar ou creme ou sei lá o quê.

Ah! Pela primeira vez tomei a linha errada do Ferrocarril (trem). Tava demorando, até, pra acontecer algo desse naipe. Íamos para o campus da UAB e fomos parar longe, não me pergunte onde. #Lost

A parte boa é que é fácil consertar e em 10 minutos estávamos já no caminho certo.

O trajeto era de mais ou menos meia hora, e em cada estação entrava um moço com sanfona alegrando a viagem e pedindo um trocado (a versão «eu podia tá roubãno, eu podia tá matãno» daqui). Rolou até um tico-tico no fubá.

À noitinha, fomos dar uma volta no bairro e descobrimos uma loja com casacos em promoção: 50% de desconto. Olhamos o preço da estiqueta de um mega casaco quentinho, uma graça: 10 euros. Quando estávamos já passando mal de tanto achar coisas baratas, descobrimos que estavam pela metade do preço: 5 euros.

Foi um tal de experimenta aqui, troca dali, vai-e-vem no provador. E como logicamente aconteceria comigo no auge da TPM: nada serviu. Minto. Serviu um casaco meeega pesado e bonito, forrado, quentinho, mas é claro que não custava 5 euros.

Aí, perdeu, playboy.

Aaaaaah, entendi. O sabão para lavar roupas aqui é líquido, por isso eu não o encontrava em lugar ne-nhum! Da próxima vez, não precisarei gastar os sabonetes mó bons da Natura que eu trouxe (aqui um normal custa mais de 2 euros!) e nem usar o bidê como tanque. #experiênciaagradável

Na igreja, conhecemos uma galera que nos recepcionou muito bem. Eles trabalham com células (que chamam de ADN, sigla invertida de DNA) e já nos convidaram para participar na próxima semana. Nos-mega-empolgamos.

Também soube de uma escola de música que une a parte instrumental à teológica, e prepara ministros de louvor. Tudo o que eu sempre quis! Sábado vou à formatura da turma atual para buscar mais informações, mas pelo que já ouvi, amei. A questão maior será «quanto é?».

Fato bizarro do dia: fomos a um mercadinho «chino» para comprar a mistura do almoço: linguiça (estranha, fininha, bem avermelhada). Chegando no apartamento, tive a curiosidade de ver a data de vencimento: 10/01/2010.

Não, não.

Voltamos lá no chino para reclamar. Ele nos olhou com a cara mais normal do mundo e falou para escolhermos outra. No meio tinha várias vencidas. E ele nem aí. Ignorando o fato na caruda. Tipo: deixa aí pra enganar outros troxas. Aff.

À tarde, tentei estudar CSS. Hardcore.

E dormi cedo como há pelo menos duas semanas meu corpo pedia e eu lhe negava.

Empieza el Javanês

23/01/2010

Aprenda CSS em duas horas e Javascript em vinte minutos.

Socorro.

O que era grego virou javanês.

E tenho agora que programar uma página «simples» incluindo HTML, CSS, JavaScript (o que, para comunicólogos leigos como eu quer dizer um site com várias páginas, formulários de contato, galeria de fotos, funcional e mil versões de navegadores diferentes, blá, blá, blá).

Ninguém manda falar alto por aí que curte desafios. Toma.

Para ajudar, hoje é o início de uma provavelmente-tenebrosa TPM.

O que aconteceu, então? Crise compulsiva.

Dei-me de presente umas coisinhas, tipo um esmalte, um pente, uma meia fofinha, um cinto vermelho, um livro, uma toalhinha de mão, um porta-moedas e um tênis e um chocolate Lindt (dos três últimos eu realmente estava precisando).

E, para arrematar a noite, um grofre. Olhaí:

Hum…

Agora que o frio chegou com mais veemencia, estamos usando a abusando do sistema de transporte, que é excepcional aqui. O mico do dia foi tirar fotos no metrô para mostrar para vocês.

Verguenza

22/01/2010

Fiz as unhas (eu mesma, sem arrancar bifes!). Vermelho Gabriela. Um orgulho.

Passei o restante da manhã procurando apartamento e mandando e-mail pra todos os lugares que pareciam «limpos». #trauma.

À tarde, aula. HTML again, mas hoje com um professor beeem mais didático. Alívio. Agora não é mais grego, é apenas… hum… «informatiquês». Aí dá pra encarar.

Na volta, umas quase 10h da noite, o fato vergonhoso do dia: passamos em frente a uma forneria fechando as portas. Saindo de lá estava uma mulher que carregava um saco enorme de pães embrulhadinhos, e caminhava em direção ao lixo.

Parêntesis: o pão aqui estraga mega rápido. De um dia para o outro parece pedra, sem exagero.

Não tivemos dúvida: pegamos uma ciabatta maravilhosa assim que a mulher abandonou o saco na calçada. Eu sei, vergonha. Mas foi irresistível. E, conceitualmente, não fizemos nada errado. Pelo contrário, ajudamos a mulher a não desperdiçar comida! rs.

Eis aqui para você, portanto, uma escolha. Você pode deixar de ser meu amigo nesse momento e sentir vergonha alheia da brasileira que está queimando o filme do país na Europa, ou dar risada e pensar «É, eu faria o mesmo».

Vamos direto ao fato bizarro do dia: fomos visitar um apartamento para alugar.

A dona, uma espanhola colorida ao extremo, havia nos avisado que deixaria a porta do prédio aberta porque o interfone estava quebrado. Aqui já tínhamos que ter desistido – agora aprendemos.

Chegamos lá, um elevador do século XIX a.C. Medo.

Subimos e, do elevador, já vimos a espanhola abrindo a janela do quarto e nos dizendo buenas tardes. Sim, a janela do quarto dava no elevador.

Ela começou mostrando o quarto dela, que era o maior e tinha sacada para a rua. Até aí, ok. Depois mostrou os outros dois quartos e foi aí que começamos a nos assustar. A aparência era suja, abandonada, meio nojenta.

O banheiro e a cozinha estavam mega mal cuidados e imundos. A brasileira que alugava um dos quartos da mesma forma era medonha: estava sentada sobre um amontoado de roupas, umas meias sujas aparecendo embaixo dela, a arara de roupas zoneada, argh.

Saímos horrorizadas e rindo muito. É só o começo da maratona.

Na volta, passamos no Passeig de Gràcia, onde estão a La Pedrera e a Casa Battlò, de Gaudi. Depois quero voltar para entrar com calma nos dois, mas só a fachada já é encantadora.

(clique na foto para ver outras!)

Visitamos uma exposição de Maillol que estava dentro de La Pedrera. O cara era um escultor que fazia as coisas sem modelo, buscando a forma pura e se baseando muito nos seus próprios desenhos. Belo.

Na volta, viemos salvar a Raquel, que se trancou para fora de casa. Risos. Jantamos juntas um pão delicioso com grãos, acompanhado de muitos queijos como recheio, é claro.

Entrei agora no Flickr para atualizar as fotos e, surpresa!

Hola, cintiabarcelona:

Has alcanzado tu límite mensual de ancho de banda de 100 MB, que se restablecerá el primer día del próximo mes. Si eliminas fotos y videos existentes en tu cuenta, no se libera espacio, pero si actualizas tu cuenta, se eliminan todos los límites.

¿Sólo $24.95 al año? ¡Increíble! ¡Es muy barato!

Ha-ha-ha.

Estou mudando para o Picasa.

Passei a manhã no apartamento, para acostumar o cérebro com a ideia de «estar em casa». Como desayuno, pão torrado com queijo gouda e café Nespresso com leite beeeem docinho.

Aproveitei para participar dos fóruns de discussão do Master, eles exigem pra caramba essa interação (o que, na verdade, é bom, pois você se obriga a mergulhar de verdade no tema).

Ler e escrever em espanhol também é um exercício importante. Já sinto um progresso e estou feliz por isso.

O fato bizarro do dia que merece ser compartilhado é a nossa tentativa de trocar o gás, o que só lembramos ser necessário perto das duas da tarde, quando íamos almoçar.

Estava tudo pronto: cebola cortadinha, temperos, alho, óleo, embalagem de champignon aberta, latinha de molho idem, pacote de macarrão a postos. E cadê o fogo?

A Raquel deixou instruções muito claras de como trocar a bagaça do gás. Mas obviamente não foi tão simples.

Tentamos até mais de 16h da tarde. Juro, de tudo. Não rolou.

Até que tivemos a iluminada ideia de comprar uma tortilla, então. Fomos ao mercadinho aqui do lado e só quando pegamos a frigideira para esquentar (não consta um microondas aqui), lembramos que dava absolutamente na mesma.

Rimos tanto que a fome até passou. Rolou um repeteco do café da manhã e boa, fazer o quê? É claro que o Tiago chegou à noite e, num toque de mágica, fez o bagulho funcionar.

Ah. No tal mercado também comprei duas mini-tangerinas para sobremesa e gastei quase 50 centavos. Em Serra Negra compro um quilo de ponkan com esse dinheiro.

(A gaúcha de São Leopoldo viu meu blog hoje e disse: «Bah, guria, tá muito legal. Mas acho que tu pode me chamar de Bel no teu blog. Isabel é muito formal». Figura. Se eu vou voltar hablando bien eu não sei. Mas que estarei falando um perfeito «gauchês», tu não tenha dúvida, guri).

À noite, fomos a um restaurante/bar super autêntico que fica no Raval, um bairro conceitualmente parecido com a Vila Madalena. Lá estão as galerias de arte, os intelectuais e uns vários becos desse estilo. Comemos um bocadillo fantástico, o melhor da cidade, segundo Ana, brasileira que mora aqui há mais de 7 anos e tem propriedade para falar.

Provei também a Clara, uma bebida que mistura cerveja com um tipo de tônica de limão. Muito mais suave que cerveja, gostei!

(Na foto: eu, Mariana, que conhecemos lá, Isabel e Raquel, nossa anfitriã).

Buenas, estou agora comendo um Lindt de chocolate con leche em BARRA e, portanto, tchau.

Buenas!

19/01/2010

As coisas permaneceram todos esses dias nas malas. Nesse sentido, foi a mudança mais sussa que já fiz e/ou vou fazer.

Pero confesso que puxar uma mala de 30 kg em cada mão até encontrar um táxi foi uma aventura que me custou umas dores na coluna.

Surpresa querida ao chegar: uma toalha limpa, um mapa de Barcelona e um bombom em cada cama.

Raquel e Tiago, o casal de brasileiros que nos recebe, são gente do bem total. Ficamos muito à vontade e já tô me sentindo em casa.

(Tá, só é estranho dividir a geladeira. E suponho que cozinhar só pra você e comer com os outros olhando também. Mas a gente vai aprendendo).

Já tivemos vários papos filosóficos sobre a cultura catalã, o mercado de música, a lógica dos portugueses. Desse último tópico dei tanta risada que quero ir a Lisboa e voltar com minhas próprias piadas vividas in loco.

Ah! Comprei uma jaqueta impermeável de deixar Fê Borges com orgulho de mim. É tanta chuva aqui que não preciso nem fazer trilha para ser heavy user desses trecos.

Fomos ao Diagonal Mar, um shopping próximo ao litoral. Por um instante, pensei: «Que raios eu tô fazendo num shopping em Barcelona?» Só quando encontrei uma loja tipo «Torra-torra» lá é que tudo fez sentido. E agora tenho uma polaina amarela que vale muito mais que o 1,5 euro ela que paguei por ela.

E o mais gracinha de tudo, que também vai com a polaina pro meu blog de coisas fofas: uma vela aromatizada de manzana verde. Pronto, agora o quarto começou a ficar com minha cara.

Adiós, hostal!

18/01/2010

Nuevas(!): fomos conversar com um casal brasileiro que tinha dois quartos disponíveis para alugar no apê. Deu tudo muito certo e lá ficaremos até achar algo definitivo.

A região e o apartamento são uma graça e o casal parece gente boníssima. Mañana, mudança!

De manhã, pseudo-queimei o secador da Isabel. E já que tive a proeza de trazer inutilmente o meu de voltagem 110 para cá, aproveitei para comprar um bem bacana por 25 euros. Questão de sobrevivência.

Aproveitamos o dia para comemorar andando pelo Bairro Gótico, com suas ruelas estreitas e lotadas, cheias de tiendas para todos os gostos e – o melhor de tudo – em rebajas. Fico olhando as vitrines e querendo muito comprar presentes para um monte de gente. Vou precisar de umas 5 malas quando voltar.

Fico olhando a Fnac, por exemplo, e imaginando o Igor andando feliz pelos andares de eletrônicos, livros, DVDs, CDs… Vejo o Bruno nas lojas de esportes comprando tênis praticamente por quilo… Penso na minha mãe caminhando comigo pelas ruelas para olhar roupas de inverno… Definitivamente, preciso começar a ganhar em euros.

Visitamos também a Catedral Santa Maria del Mar, que merece um parágrafo à parte. Graças à queridíssima Fê Borges, eu havia lido o romance A Catedral do Mar, de Idelfonso Falcone, tem como pano de fundo a história da construção desse lugar encantador no século 14. Pelo povo e para o povo.

(clique na foto para ver outras!)

É engraçado como ficar seis dias num lugar já te dá uma sensação de “minha casa”. O Bairro Gótico é tão cosmopolita e surpreendente que apaixona.

Bueno, estaremos a 10 minutos de metrô.

Encantada!

17/01/2010

Domingo chuvoso e cinza. Não importa.

Saímos por volta das 10h rumo à Igreja Evangélica de Barcelona (o nome pode não ser exatamente esse, mas é algo assim).

Conosco, Roberta.

Emoção total. Louvar a Deus em espanhol foi para mim o momento mais encantador até aqui. Senti muito de perto a presença dEle me guiando e agradeci com todo o coração.

Aproveitamos a proximidade, e fomos conhecer o Parc de Montjuic. Lá de cima dá pra ver quase a cidade inteira, mas o dia nublado e a chuva que tomamos não ajudaram muito. Prometemos voltar com sol e pagar 1 euro pra usar o telescópio lá de cima.

De lá, fomos cozinhar na casa da Rô: espaguete ao molho de champignon e tomate. Precioso!

Passamos a tarde por lá conversando entre brasileiros: Isabel (gaúcha), Roberta (paulista), André (mineiro) e eu (paulista e, portanto, maioria). rs. Falamos mal dos catalãos, que se acham superiores aos demais espanhóis, e começamos a simular o que seria essa discussão no Brasil. Ficou evidente que, ainda que mineiros e gaúchos tenham tentado ser independentes, não sobreviveriam sem SP.

Hihihi.